Quase lá: No Recife (PE), exposição traz arte para fortalecer os sonhos de bem viver da população negra

Mostra no Museu da Abolição conta com 13 obras e fica aberta por dois meses; entrada é gratuita

13.mar.2025 às 17h54
 Recife (PE)
 BRASIL DE FATO

Obra de arte Aya, da pernambucana Mavinus - Mavinus/divulgação

 

Na noite desta quinta-feira (13), a partir das 19h, acontece a abertura da exposição Reflexos da Dignidade: mulheres negras e o bem viver. O público pode conferir 13 obras de visuais assinadas por cinco artistas negras brasileiras. A mostra busca evidenciar o papel das mulheres negras na produção de sonhos e de novas realidades possíveis. A arte é apresentada como ferramenta de formação e mobilização na superação do racismo, sexismo e outras opressões no caminho para o “bem viver”.

A abertura da exposição contará com uma intervenção poética de Priscila Ferraz e uma apresentação artística do Afoxé Oyá Alaxé.

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A exposição fica aberta ao público por dois meses, até o dia 13 de maio, no Museu da Abolição, bairro da Madalena, zona oeste do Recife. A entrada é gratuita. As obras expostas são das pernambucanas Mavinus (pintura em tela), Priscila Ferraz (colagem) e Yane Mendes (fotografia), a baiana Maiana Oliveira (fotografia) e o coletivo de arte Presentes Futuras (Brasil). Completam a instalação da exposição peças do acervo do Museu da Abolição.

A curadoria é do pesquisador de memória negra Wellington Silva, em parceria com Isabelle Ferreira, Samuel Santana e Sandir Costa. Wellington afirma que o objetivo é “reforçar a arte na construção de novas percepções de memória, cuidado, dignidade e afeto para a população negra”, pontuando que as obras partem da “identidade e do desejo pelo bem viver” das artistas selecionadas. A mostra é coproduzida pelo grupo Mandume Cultural.

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A exposição conta com apoios do programa Aliança Negra pelo fim da violência, do Fundo Elas+ e do Coletivo Blogueiras Negras, além de ser resultado de três anos de criações do projeto Aliança Negra: a outra face da violência. “Partimos de uma pesquisa com 10 organizações sociais e constatamos que enfrentar a violência racial exige ir além das suas expressões mais evidentes. Precisamos desafiá-la também nos campos simbólicos, discursivo e imagético”, conta Lays Araújo, mobilizadora do Blogueiras Negras.

O Museu da Abolição funciona de segunda a sexta-feira das 9h às 17h e no sábados das 13h às 17h. A entrada é gratuita. O museu é vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), órgão vinculado ao Ministério da Cultura (MinC).

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Priscila Ferraz/divulgação

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