Daiana Santos será uma das primeiras mulheres negras a ocupar uma cadeira na Câmara Federal pelo RS

Por
Luís Gomes

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Daiana Santos foi eleita deputada federal com mais de 88 mil votos | Foto: Luiza Castro/Sul21
 

Nascida em janeiro de 1982 na cidade de Júlio de Castilhos, próxima a Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, Daiana Santos mudou-se para Porto Alegre aos 13 anos. Um ano após a mãe, Odete, trocar o interior pela Capital em busca de emprego e deixá-la sob os cuidados da avó.

A família, quase a verdadeira tradicional brasileira, formada por mãe solo e três filhos, fez morada na Vila das Laranjeiras, no bairro Morro Santana, um território que por muito tempo não teve delimitação oficial, onde o estado pouco chegava e, quando o fazia, geralmente era tarde. Moravam na rua 5, em frente ao posto de saúde.

“Eu sou preta, sapatão, de vila. Sou filha de uma mãe solteira empregada doméstica, moro no morro. Tu quer mais política do que um corpo como esse?”.

Vereadora eleita em sua primeira tentativa em 2020, com 3.715 votos, Daiana mora no Morro Santana até hoje. É onde começou a entender o que é política.

“A gente sempre teve ali enfrentamento direto pela garantia do posto de saúde, creche aberta, vaga na escola. Quando chove, alaga a casa o tempo todo. A gente está sempre questionando tudo. Só que tem uma coisa, a gente não entende isso como política, porque pra gente é só ausência. Só chega o reflexo do não ter, o ter é muito difícil”, diz.

A política, contudo, não veio cedo na vida de Daiana. Não fez parte de movimentos estudantis na juventude. Na adolescência, conciliava estudos com a vida de atleta que acessou via um projeto social para moradores da periferia da Capital. Ganhou uma bolsa auxílio para a Sogipa, tradicional clube esportivo de Porto Alegre, que formou, por exemplo, a tricampeã mundial de judô Mayra Aguiar — título conquistado nesta terça-feira (11). Daiana praticava atletismo. Sua especialidade eram os arremessos: peso, disco e martelo.

“Procura na Sogipa que ainda deve ter uma marca minha”.

Aos 18 anos, a bolsa que recebia já não era mais suficiente para garantir a dedicação de quem, agora adulta, precisava ajudar em casa. Do esporte, guardou a disciplina, o convívio social e a experiência de sair da vila e ser apresentada a outros mundos e outras visões. E foi à luta.

“Eu comecei a trabalhar com um pouco de tudo, cara. Já trabalhei como atendente de lanchonete, já trabalhei como auxiliar de cozinha, trabalhei na limpeza, trabalhei em tudo que tu imaginar. Vendedora, venda, venda, venda, o que dá oportunidade tu vai. Trabalhei como telemarketing, trabalhei muito tempo com carteira assinada, sem carteira assinada. Por isso que, quando a gente fala do trabalho precarizado, dessa mão de obra explorada, tá falando porque sabe, porque vem desses lugares”.

Posteriormente, Daiana começou a atuar como educadora social. Trabalhou acompanhando populações de rua e mulheres em situação de violência e vulnerabilidade. Acompanhava adolescentes que tiveram seus direitos violados, que sofriam com a ausência de políticas públicas. O entendimento passou a ser um despertar para a política.

Um dos seus primeiros trabalhos como educadora social foi mapear as pessoas em situação de rua em seu território. Ali, identificou que quase 90% eram negras. O número a impactou, porque não via a questão sendo colocada como central no enfrentamento ao problema. Pior, os instrumentos que eram usados para o fichamento dessa população à época sequer traziam o recorte racial. Sem produção de dados, não existia a elaboração de políticas públicas.

“Eu vi a minha realidade e que tinha alguma coisa que precisava entender um pouco melhor. Quando tu vai se dando conta, eu acho que é essa a dureza da coisa toda. Não é que tu precisa entender, é só se dar conta que é isso mesmo. Dói, mas é real, a gente nunca foi prioridade, cara. A gente nunca foi prioridade”.

Paralelamente, começou a participar de diversos movimentos sociais, de negros, de mulheres e de LGBTQIA+.

No fatídico ano de 2013, ingressou na faculdade de Análise de Políticas e Sistemas de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), hoje o curso de Saúde Coletiva.

“Aí eu entro na universidade e isso faz assim, BUM. Eu começo a entender que a gente era parte dessa estratégia de dominação e de reprodução de uma mão de obra precarizada, barata”, diz.

Como universitária, observou os movimentos de rua de 2013 e a primavera feminista. O estalo se transformou em um chamado para a ação. Passou a atuar na formação da educação popular em saúde nas comunidades, de forma voluntária, organizada em grupos que visitavam escolas, creches, grupos de mães.

O primeiro convite para ingressar na política viria ainda em 2016, antes de concluir a graduação. Ele preferiu esperar. Contudo, acabou conhecendo lideranças de movimentos sociais da cidade. Uma delas, Silvana Conti, que foi dirigente do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), a convidou para se filiar ao PCdoB. Daiana negou o convite por achar que não era o moment

Negou vários convites posteriores. Até que, na virada de 2019 para 2020, já formada, aceitou o desafio de concorrer à vereança. “Eu entro no PCdoB mais por insistência da Silvana Conti, que ficou me convidando, me convidando”, conta.

Sem ser uma das principais apostas do partido, foi eleita. “Quando eu entro aqui na Câmara, muita gente no partido também não me conhecia. Eu não tive um investimento do partido, não teve uma priorização naquele momento. E isso que eu acho que reflete muito do trabalho que já havia sido feito, porque ainda assim a gente chega aqui”.

 

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Daiana saiu de 3,7 mil votos como vereadora, em 2020, para 88 mil como deputada federal | Foto: Luiza Castro/Sul21
O papel da bancada negra

Daiana não chegou sozinha à Câmara de Porto Alegre. Um lugar que, em quase 250 anos, tinha visto apenas uma mulher negra ser eleita para assumir uma cadeira em início de mandato, via logo quatro de uma só vez. Junto com ela, chegavam Karen Santos (PSOL), a mais votada da cidade, Laura Sito (PT) e sua colega de partido, Bruna Rodrigues (PCdoB). Ao lado de Matheus Gomes (PSOL), formaram aquela que ficou conhecida como a primeira bancada negra da Câmara.

Antes mesmo de assumirem, foram classificados por um então conhecido vereador da cidade como um grupo “sem tradição política, sem nenhuma experiência, sem nenhum trabalho e com pouquíssima qualificação formal”. Dois anos mais tarde, o vereador carrega uma condenação por racismo e, no dia 2, recebeu 14.888 para deputado estadual. Longe de conquistar uma cadeira, viu Matheus fazer 82.401 votos, Bruna, 51.865, Karen, 40.553, e Laura, 36.705. Apenas Karen, apesar de ser a 27ª mais votada, não garantiu uma vaga na Assembleia Legislativa em razão do PSOL não ter alcançado o quociente eleitoral para três cadeiras.

Única a concorrer à deputada federal, Daiana fez 88.107 votos, 45.887 deles na Capital — a terceira mais votada da cidade. Ao lado de Denise Pêssoa (PT), atual vereadora de Caxias do Sul, formará a primeira dupla de mulheres negras deputadas federais da história do Rio Grande do Sul.

A votação expressiva foi maior, inclusive, que as projeções de sua equipe de campanha, embora Daiana diga que não considera o feito uma “surpresa propriamente dita”. “Eu acho que tem aí reflexo de muito trabalho. E isso é interessante de pensar, porque por muito tempo a gente foi questionado aqui enquanto bancada negra, enquanto projeto”.

Após 21 meses como oposição e minoria absoluta em uma Casa controlada pela ampla base aliada do prefeito Sebastião Melo (MDB), as urnas deram um recado para a bancada negra.

“Deu um bom recado, não só a população de Porto Alegre, mas o Rio Grande do Sul. Apesar da gente estar nessa polarização muito grande, [a população] deu um recado que me parece muito mais consciente do que a gente imaginava. Porque olha para perfis como o meu e considera que estes perfis são importantes para debater a política. Não é à toa que a gente chega agora com um levante de mulheres negras, mulheres indígenas, transexuais, lésbicas. Tem toda uma relação direta com essa população que constrói essa cidade, mas que nunca ocupou esses espaços”.

Daiana avalia que os projetos apresentados, mesmo no caso daqueles que não foram aprovados por essa maioria governista, contribuíram para ampliar e a criar um movimento crescente de conscientização para as pautas, sobretudo antirracistas, da bancada.

“O que antes não era colocado sequer na ordem do dia na Câmara e em outros espaços, agora vem acontecendo. Não é algo que seja difícil de fazer uma avaliação, não é mesmo, é só olhar quantos projetos foram apresentados pela bancada negra. A maioria não passa, mas não é porque não tenha qualidade, porque não tenha uma construção substancial, é porque a prioridade é outra. Mas a gente tem feito o debate, tem mobilizado fora da Câmara e tudo tem um reflexo”.

O reflexo não ficou apenas na Capital, também se espraiou para o interior, onde lhe rendeu mais de 42 mil votos. Dezenas de milhares de pessoas que conheceram e acompanharam o trabalho da bancada de longe. Para Daiana, um reflexo que passa pelo despertar da juventude em cidades do interior para a política.

Ela conta que em uma das primeiras atividades de campanha que fez em Pelotas, em determinado momento, passou por um bar onde jovens e universitários debatiam política. “Me chamou a atenção que eles já me conheciam, já conheciam o Matheus, a Karen. Essa juventude tá buscando mais informação, tá pesquisando mais, tá vindo fazer esse comparativo para ver se realmente é só o que tá falando ou se tá agindo.”

Contudo, a deputada federal eleita faz questão de ressaltar que esse “despertar” não pode ser atribuído somente à bancada negra, uma vez que eles próprios são fruto das décadas de luta do movimento negro por representação.

“O movimento negro está em todo o Rio Grande do Sul e a nível de Brasil nós somos a maioria da população, só que a gente nunca teve essa representação na mesma proporção. Então, tem uma restituição histórica a partir do momento em que, em 2020, teve aqui essa construção da bancada negra, isso refletiu muito. Essa é uma das coisas que a gente mais ouviu na campanha.”

Mas, que fique claro, não se trata de uma onda, defende, e sim uma mudança permanente.

Daiana conta que, após as eleições, uma senhora branca a parou na rua e contou que havia votado nela e em Karen, entre outros motivos, ao ver que as vereadoras negras tinham sido tratadas como uma onda passageira. “Ela me disse: eu fiquei muito incomodada quando disseram que vocês eram uma onda. Eu disse: a gente não é uma onda, somos a ruptura dessa estrutura. ”

Uma construção política, frisa, que não é, aí sim, uma onda de WhatsApp, não é feita por influencers nas redes, como muitos dos campeões de votos bolsonaristas, mas nas ruas, nos bairros, nas comunidades.

“A gente vem de uma construção de política pública. Tem uma base em movimento social, que foi estruturando, estudando e fez com que a gente se projetasse. É justamente aquilo que é o contraponto deles, o que eles rebatem e questionam o tempo todo, o que agora começa a assumir e protagonizar essa mudança.”

Uma mudança que começa a ser captada e valorizada pelos partidos, que por muito tempo priorizaram com esforços, tempo de propaganda eleitoral gratuita e recursos financeiros perfis homogeneamente masculinos e brancos.

“O PCdoB me surpreendeu positivamente nesse ano e com a generosidade da Manuela [D’Ávila] também de compreender que renovação de quadros se dá na prática e não na teoria. Ela fazer o movimento que fez de articular e estar junto nessas duas candidaturas [a dela e a de Bruna Rodrigues], priorizando, estando lado a lado, isso demonstra a renovação de fato que a gente estava pautando e que foi priorizada. Tá aí, o resultado veio nas urnas, isso também é importante”.

E, assim, espera que se forme uma nova tradição política. “Uma tradição que emerge dessa necessidade de ser visto e ser ouvido. A gente não tinha isso, a gente nunca foi priorizado. Corpos como os nossos sempre foram parte dessa manutenção do poder, dessa estrutura, a gente nunca teve essa projeção. Obviamente que, a gente se colocando em outros lugares, agora vai ampliar. Isso vai ampliar para o povo preto, isso vai ampliar para as mulheres, isso vai ampliar para LGBTs. Isso é importante porque agora a gente vê que começa a mobilizar uma estrutura da sociedade que nunca teve esse acesso. Aí a gente pode falar inclusive dessa pirâmide social onde as mulheres negras continuam sendo essa base. Se hoje nós temos três mulheres, quatro mulheres negras, duas a nível federal e duas aqui a nível estadual, isso quer dizer uma movimentação”.

Construção ou oposição

A algumas semanas do segundo turno da disputa presidencial, ainda não dá para projetar como será a atuação de Daiana como deputada federal. Se será como parlamentar da base aliada de Lula (PT) ou como oposição em uma Câmara dominada por partidos governistas, em um eventual cenário de reeleição de Jair Bolsonaro (PL). “Com a vitória de Lula, a vida é certamente mais fácil”, avalia.

Ainda assim, Daiana sabe que haveria muito trabalho a fazer porque, diz, a vida da população negra e suas pautas nunca tiveram vida fácil, mesmo em governos de esquerda. Como cotista, ela sabe que pautas avançaram, mas espera que possam avançar mais.

“Existem negociações e tratativas acerca de prioridades que nunca nos incluíram por completo. Eu acho que isso, inclusive, é o que nos move para a política, é essa articulação, a negociação, o debate para colocar na pauta.”

É este chamado para a construção que espera encontrar na Câmara. Mas sabe que, junto, virá também uma pressão de parlamentares de centro e mesmo de direita para neutralizar e barrar as pautas de esquerda.

“Tem um debate sobre a família”, exemplifica. “Mas o que a gente considera família? Eu fui criada por uma mãe solo, com três filhos, e uma avó e tias que auxiliavam. Eu não posso me furtar de fazer um debate acerca disso, por mais que cristãos e evangélicos venham a criar um tensionamento. As nossas famílias existem, hoje em dia, você pode falar de uma família em que são duas mulheres mães, em que você tem dois pais. Como que a gente não vai debater isso se é a realidade da sociedade?”

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Daiana diz que não irá se furtar de fazer o enfrentamento com os adversários na Câmara Federal | Foto: Luiza Castro/Sul21

Para Daiana, a política ideal significa, justamente, deixar de lado a discussão focada em estereótipos e questões mais imaginadas do que reais para focar naquilo que a população sente na pele em seu cotidiano. Um desafio que será especialmente grande em caso de vitória de Bolsonaro.

“Exaltam Deus, pátria, família e liberdade, mas para mim são palavras vagas, jogadas, que não fazem sentido algum. Porque, se a gente olhar para a realidade da população, a própria população mais carente que vota nele, essa população que tá aí dentro das comunidades, com essa estrutura da igreja dizendo ‘vote nele’. Essa é a população que se se assemelha a mim, se assemelha a nós. São pessoas que às vezes a família é um padrasto, é a mãe com os filhos, é a avó que cuida, os tios, sabe. São famílias diversas, pessoas que não têm liberdade alguma, são criaturas que só seguem a Deus porque a política pública não foi efetiva e tem que buscar uma esperança em algum lugar. Então, a gente tem que trabalhar nessa perspectiva da realidade.”

Como sanitarista, Daiana diz ter visto os efeitos práticos da retirada de recursos da assistência social, do desmonte de conselhos de controle social sobre o orçamento público da saúde, o resultado do presidente nomear um militar despreparado para assumir um ministério que comandou o enfrentamento à pandemia de covid-19.

Em campanha ativa neste segundo turno, Daiana avalia que a polarização não ajuda a construir um pensamento reflexivo, pois as pessoas acabam escolhendo um lado ou outro. Contudo, diz que é justamente a necessidade de colocar os problemas reais da população acima das discussões imaginárias que podem ajudar Lula a ampliar sua votação na Capital e no Rio Grande do Sul.

“A gente tem trabalhado muito nessa perspectiva de dizer porque é este lado e não outro.  A volta ao mapa da fome, por exemplo, é uma coisa muito fácil de explicar. A desvalorização de um salário mínimo que hoje não dá para o básico é fácil de explicar, é fácil colocar isso no cotidiano, porque são coisas que as pessoas estão sentindo na pele. Quando tu tem que judicializar para conseguir uma vaga para o teu filho na escola, fica fácil de tu explicar que projeto é esse que tá em curso”, diz. “Parte da população tá sofrendo muito e já entendeu. E a outra parte que ainda não entendeu, a gente tem trabalhado muito para fazer essa essa mobilização”.

Uma comunista no poder

As críticas que Daiana e os demais vereadores da bancada negra passaram a receber após chegarem à Câmara não ficaram restritas aos adversários. Desde que tomou posse, conta que viu surgir uma rotina de ameaças de morte por e-mail. Eram mensagens em que o autor dizia que sabia onde os vereadores moravam e ameaçava ir à Câmara atirar contra eles. Segundo Daiana, estes e-mails passaram a chegar em menor número somente após a prisão, no litoral do Estado, de um membro da quadrilha responsável pelas ameaças.

Nas ruas, contudo, ela ainda convive com xingamentos e ofensas. “Nessa semana, a gente tava fazendo fotos para um jornal e um cara estava gritando do alto de um prédio: ‘sai daqui seus comunistas’. Jogando bolita. Uma estourou do meu lado, eu fiquei meio assustada, ainda bem que era ruim de mira”, conta.

Daiana avalia que a perseguição é uma reação de setores da sociedade a uma mudança que eles não queriam que acontecesse, a começar pela maior presença de negros nas universidades públicas.

“Quando eu entrei na universidade, em uma das casas onde minha mãe trabalhava, a senhora questionou: como que ela [Daiana] passou, em que cursinho ela estudava? Não tem cursinho, filho de pobre não faz cursinho, o filho do pobre se inscreve, estuda à noite, pega uns polígrafos que vão te dando, do ano anterior ou de dois anos atrás, não interessa, vai do jeito que dá.”

E esta não aceitação se torna ainda mais violenta quando negros e LGBTQIA+ progressistas chegam a espaços de poder.

“É uma mudança que vai descolonizando, que vai rompendo com essa estrutura que sempre colonizou o nosso povo. Primeiro, escravizando para poder fazer esse crescente da riqueza na mão dos não negros. E agora a gente vai descolonizando a mente, porque a gente já não permite mais. A gente foi conhecendo a nossa história, foi se apropriando de quem a gente é e foi chegando nesse debate não aceitando qualquer coisa como verdade absoluta. A gente chegou questionando mesmo. Então, tu vai descolonizando a mente e isso incomoda, porque antes era fácil de nos colocar nesse espaço”.

Daiana conta que, recentemente, estava colocando as compras do supermercado em seu carro quando um casal se aproximou e falou, em voz alta, “ah, esses comunistas”, em tom de desprezo. “Eu respondi: esses comunistas que agora estão no poder”.

 

fonte: https://sul21.com.br/noticias/politica/eleicoes-2022/2022/10/preta-sapatao-de-vila-e-filha-de-domestica-tu-quer-mais-politica-do-que-um-corpo-como-esse/

 


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