Reginete Bispo assumirá como deputada bandeiras contra o machismo e o racismo, a favor da reforma agrária e de direitos trabalhistas

 

 atualizado 04/01/2023 19:36 - Metrópoles

Reginete Bispo, suplente de Paulo Pimenta na Câmara dos Deputados
Arquivo pessoal

 

 

Com a nomeação do deputado federal Paulo Pimenta para a Secretaria de Comunicação (Secom), a cadeira na Câmara dos Deputados será assumida por uma mulher preta, militante, ativista e comprometida com causas sociais. Quadro histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), Reginete Bispo assume o cargo com bandeiras dos direitos humanos, da reforma agrária, e da proteção das mulheres.

Para tomar posse como deputada federal, Reginete deixa o mandato coletivo que exercia, no Rio Grande do Sul, como vereadora. Nascida em Marau, logo quando criança a parlamentar trabalhava com sua família no campo. Reginete tem 10 irmãos, sendo oito mulheres.

Ela concedeu entrevista ao Metrópoles e , ao ser questionada sobre os desafios de ser mulher, preta, com bandeiras sociais dentro de um Congresso branco, conservador e masculino, ela respondeu: “Nasci no Rio Grande do Sul. Venho do campo. Homens, brancos, racistas, machistas, não me assustam. Não tenho medo dessa gente”, disse.

Reginete disse que vai manter em sua atuação os alicerces de sua história. “Construí minha história na militância em defesa dos direitos humanos, em especial das mulheres negras, das comunidades tradicionais: quilombolas, de matriz africana, povos indígenas e das populações imigrantes e refugiados, contra o racismo e o machismo”, ressaltou.

Bacharel em Ciências Sociais pela UFRGS, a futura deputada começou sua militância na pastoral da Juventude, na igreja católica. Ampliou suas lutas ao entrar na universidade.

Ingresso no PT

Em 1986, entrou no PT, devido ao trabalho que realizava nas comunidades de Passo Fundo. Em 1989, passou no vestibular, trabalhou com a periferia, com pessoas pobres, lutou pela regularização fundiária e das terras quilombolas.

Disputou eleições em 1994, 2014, 2018, 2020 e 2022. Sendo que foi eleita 1ª suplente do senador Paulo Paim, vereadora numa chapa coletiva, em 2020 e, agora, eleita 1ª suplente para a Câmara.

 

Em 1º de fevereiro, ela chega na Câmara com o objetivo de discutir o sistema de segurança pública no Brasil; trabalhar por um Brasil sem fome, sem machismo, sem racismo.

“Temos uma polícia que foi historicamente preparada para que qualquer pessoa negra seja alvo preferencial. Precisamos repensar essa lógica, todo esse sistema, que produz poucos resultados para a cidadania. A polícia deve estar preparada para lidar com essa pluralidade que é nosso país”, disse.

Outro compromisso é trabalhar na revisão da reforma trabalhista. “O texto atual penaliza as mulheres, os pobres, que precisam se inserir muito cedo no mercado de trabalho e a idade mínima acaba obrigando a 40 anos de contribuição. É inviável. Em um Brasil machista, racista, dificilmente, um jovem pobre vai conseguir se aposentar”, completou.

Fake news

Reginete assume como deputada federal com as bandeiras de igualdade e Paulo Pimenta (PT), agora como ministro ressaltou que sua atuação como novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secomserá combater fake news.

“A desinformação mata e não queremos nunca mais repetir esse tormento. Faremos um trabalho permanente de combate às fake news e à desinformação”, afirmou ele em discurso. Uma nova secretaria, a de Políticas Digitais, será responsável pela questão da regulação da internet.

Pimenta ainda criticou a gestão de Jair Bolsonaro (PL) pela decretação de sigilos e pela ausência de transparência, além de um comportamento hostil com a imprensa. O novo ministro disse que no governo Lula “não haverá muros nem cercadinhos, não haverá ofensas ou ameaças, os jornalistas terão toda a liberdade para exercerem a sua atividade”.

 

fonte: https://www.metropoles.com/brasil/suplente-de-pimenta-promete-combater-machismo-e-conservadorismo-no-congresso


Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

Cfemea Perfil Parlamentar

Violência contra as mulheres em dados

Logomarca NPNM

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Estudo: Elas que Lutam

CLIQUE PARA BAIXAR

ELAS QUE LUTAM - As mulheres e a sustentação da vida na pandemia é um estudo inicial
sobre as ações de solidariedade e cuidado lideradas pelas mulheres durante esta longa pandemia.

legalizar aborto

Veja o que foi publicado no Portal do Cfemea por data

nosso voto2

...