Com imagens de 1993, 3 refeições coloca a visão da diretora Maria Maia em torno de um problema recorrente na sociedade brasileira: a fome

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Ricardo Daehn
postado em 01/06/2023 11:53

 

 (crédito: Maria Maia / Divulgação)
(crédito: Maria Maia / Divulgação)


A realidade de ver o Brasil retirado do Mapa da Fome da ONU, à época do governo Lula é algo que toca a cineasta e escritora Maria Maia, há nove anos aposentada, depois de 35 anos de serviço público. Hoje, com cotidiano ligado à produtora Imagem no Ar, Maria colhe os frutos de uma investida a campo, em 1993: com uso de imagens transpostas para a resolução 4K (em 2018), ela montou o longa 3 refeições, que em 2020, participou da Mostra Humanidades (do Santos Film Festival) e do Los Angeles Brazilian Film Festival. Dada a pandemia, a participação dela nos eventos foi virtual. Mas, 2023 reservou a chegada do longa aos cinemas (em sala do Liberty Mall), isso depois de, no ano passado se ver semifinalista do Paris Women Festival e ter vencido o prêmio de melhor filme no Boston Indepent Film Awards.

"Nos últimos anos, com a uma política pública de negação da cultura — e o cinema além de veículo cultural, move a economia — ficou muito difícil fazer filmes", comenta a diretora que, no momento, celebra a exposição do filme foi feito com recursos oriundos de edital público promovido pela Ancine. "Fiz esta viagem ao país real que filmei, nove anos antes do presidente Lula chegar ao poder. A situação documentada era tão calamitosa que alguns comiam sopa de papeleira e cuscuz de casca de árvore. Foi lá, naquela primeira Caravana da Cidadania, que Lula falou do cumprimento do objetivo de vida, de ver cada brasileiro com acesso a três refeições. Quando ele deixou o governo, todo brasileiro tinha as tais três refeições", observa a diretora.

O filme 3 refeições é dos poucos "documentários puros" na carreira da cineasta movida pela mescla entre documentário e ficção, num impulso da leitura, quando ainda jovem de um texto do mestre Godard ("O melhor documentário é pura ficção e a melhor ficção não deixa de ser documentário", ela rememora). Partidária do conceito de que a arte é um gesto político, Maria Maia não perde de vista um alicerce aristotélico, de o homem ser "um animal político". Nada mais natural, como ela defende, que haja "peso político" em um documentário sobre a fome. "Ela retornou ao Brasil com violência e virulência neste buraco negro que o bolsonarismo tornou o Brasil. Mas o presidente Lula está no comando para tirar de novo o Brasil do Mapa da Fome", enfatiza. a diretora que traz entre feitos nove longas, 14 médias e mais de 40 curtas-metragens.

Com a visão ampliada do percurso dos documentários — com trânsito entre tevês, salas de cinema e streaming —, Maria Maia se considera uma sonhadora. O próximo desejo é encarar a realização do projeto de longa Sophia. "O filme trata da vinda da poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen à Brasília, no início da década de 1960. Fiz duas raras entrevistas que, inéditas, pretendo usar no filme", adianta.

fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2023/06/5098812-fome-e-a-protagonista-de-documentario-com-producao-brasiliense.html


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