Reeleita deputada federal nas últimas eleições com 199.894 votos, Fernanda Melchionna foi a mulher mais votada do Rio Grande do Sul, feito que já havia realizado em 2018. Líder da bancada do PSOL na Câmara ao longo de 2022, Sâmia Bomfim foi reeleita deputada federal nas eleições do ano passado com 226.187 votos e retorna a Brasília com novos desafios a partir de 2023.

Foto: Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados
Com quase 200 mil votos, Fernanda Melchionna foi a mulher mais votada do Rio Grande do Sul
Ela representa os gaúchos em cargos públicos desde quando foi eleita vereadora de Porto Alegre (RS) pela primeira vez em 2008, já pelo PSOL. Desde então, se notabiliza na luta pelo transporte público de qualidade, em defesa da moradia digna, pelos direitos das mulheres e da leitura e da educação de qualidade.
É uma das autoras da ação na Justiça que baixou as passagens de ônibus na capital gaúcha em 2013 e 2016, e ajudou a impedir, ainda em 2011, o aumento de 75% nos salários dos vereadores de Porto Alegre.
Foi a primeira bibliotecária a ser eleita para a Câmara dos Deputados na história. Em 2022 foi vice-líder da bancada do PSOL e da Oposição ao governo Bolsonaro no parlamento brasileiro, além de ser a representante do partido na Comissão de Constituição e Justiça, a comissão mais importante da Câmara.
Saiba mais sobre a trajetória de luta de Fernanda Melchionna:
Natural de Alegrete (RS), Fernanda Melchionna é graduada em biblioteconomia pela UFRGS e pós-graduada em História do Brasil pela FAPA/RS. É bancária licenciada do Banrisul, banco público do RS, e militante feminista, socialista e internacionalista.
Começou sua atuação no movimento estudantil, foi uma das fundadoras do PSOL e elegeu-se vereadora de Porto Alegre (RS) em 2008, concorrendo à reeleição em 2012 e sendo a mais votada entre as mulheres eleitas. Em 2016, foi a parlamentar mais votada da capital gaúcha, com mais de 14 mil votos.
Como vereadora de Porto Alegre por três mandatos, foi uma das referências na luta pelo transporte público de qualidade, em defesa da moradia digna, pelos direitos das mulheres e da leitura e da educação de qualidade. Em Porto Alegre, Fernanda ajudou a impedir o aumento de 75% dos vereadores da capital em 2011 e doou para instituições de caridade o aumento dos salários de vereadora de 2016 e 2017. É uma das autoras da ação na Justiça que baixou as passagens de ônibus em 2013 e 2016.
Em 2018, foi eleita deputada federal pelo Rio Grande do Sul, e com sua experiência parlamentar tornou-se peça central da resistência ao governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
Além disso, em 2020 foi candidata a prefeita de Porto Alegre (RS) com o ex-árbitro Márcio Chagas como vice, obtendo quase 5% dos votos.
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Feminista reeleita: Sâmia Bomfim permanece na bancada do PSOL em 2023
Líder da bancada do PSOL na Câmara ao longo de 2022, Sâmia Bomfim foi reeleita deputada federal nas eleições do ano passado com 226.187 votos e retorna a Brasília com novos desafios a partir de 2023.
Em sua trajetória de vida pública, teve papel de destaque no combate a figuras centrais da extrema-direita, do fisiologismo da Câmara e da direita liberal, como Jair Bolsonaro, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o ex-prefeito e ex-governador de SP João Doria.
Em 2021, deu à luz seu primeiro filho Hugo, fruto do seu relacionamento com o também deputado federal do PSOL Glauber Braga, e se notabilizou também na defesa da maternidade como direito, inclusive às mulheres parlamentares.
Antes, as deputadas em licença-maternidade eram consideradas “faltosas” nos registros da Câmara dos Deputados. Sâmia precisou requerer à Mesa Diretora da Câmara que os painéis passassem a sinalizar quando uma parlamentar está de licença após se tornar mãe, um grande avanço no reconhecimento do direito pleno à maternidade.
Conheça um pouco mais da trajetória de Sâmia Bomfim:
Nascida em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, Sâmia Bomfim se notabilizou nos últimos anos por sua militância feminista, que a levou aos parlamentos.
Antes de ser parlamentar, teve participação importante nas manifestações pela prisão e cassação do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em 2016.
No mesmo ano, foi eleita vereadora de São Paulo pelo PSOL em sua primeira eleição. Na época, tornou-se a mulher mais jovem a exercer um mandato na Câmara Municipal da capital paulista, aos 27 anos, e fez parte da oposição à gestão do então prefeito João Doria.
Em 2018, elegeu-se deputada federal como a oitava candidatura mais votada de São Paulo, com quase 250 mil votos, e passou a compor a bancada do PSOL em Brasília.
Em 2020 e 2022, foi líder do PSOL na Câmara e foi uma das figuras mais atuantes da oposição ao governo Bolsonaro no parlamento brasileiro.
Em 2021, tornou-se mãe de Hugo, seu filho com o também deputado federal Glauber Braga, e passou a ter o direito à maternidade também como uma de suas principais lutas.
fonte: https://psol50.org.br/mae-feminista-e-reeleita-samia-bomfim-permanece-na-bancada-do-psol-em-2023/