Radar Feminista no Congresso Nacional - 30 de novembro a 04 de dezembro de 2020

Seguimos com os números de mortes e contaminação por Covid crescendo novamente, chegamos a 170 mil mortes e mais de 6 milhões e 100 mil casos confirmados. Enquanto isso, o Governo deixou cerca de 7 milhões de testes estocados e que agora estão prestes a perder a validade. O deputado Túlio Gadêlha (PDT/PE) apresentou o RIC 1534/2020, solicitando informações ao ministro da Saúde, sobre a logística de compra e distribuição de testes RT-PCR. Vale lembrar que um dos “predicados” que justificavam o general estar à frente do Ministério da Saúde, seria a sua experiência em logística.

 

No último 20 de novembro, tivemos a triste notícia da morte violenta de João Alberto Silveira Freitas, motivada por racismo. Desde a semana passada, parte do Congresso reage com a apresentação de requerimentos e projetos repudiando a atitude dos seguranças e funcionários do supermercado Carrefour, envolvidos no crime. 


Eleições Municipais
O resultado do segundo turno das eleições municipais confirma a tendência do primeiro turno: o Bolsonarismo sai derrotado. E apesar das maravilhosas candidaturas de mulheres negras e trans e de mandatos coletivos eleitos no primeiro turno, nas prefeituras a lógica machista e racista que orienta o sistema politico se impôs.

 

A única mulher eleita em capitais foi Cinthia Ribeiro (PSDB), em Palmas, onde não houve segundo turno. Nos 94 municípios com mais de 200 mil habitantes do país, nenhum terá uma prefeita a partir de 2021. A população negra vai ter uma representatividade de 20% no total.

 

Os cinco maiores partidos de direita e centro governarão mais de 60% dos brasileiros, nas contas do Poder 360 — PSDB, MDB, DEM, PSD e Progressistas. Os números da eleição mostram um claro redesenho partidário e demográfico. O MDB se manteve como maior partido à frente das cidades, mas diminuiu de 1.046 prefeitos eleitos em 2016 para 784 este ano. O PSDB também caiu muito, de 804 para 520 prefeituras, mas mantém, especialmente por conta da capital paulista, o maior número de governados, 34,1 milhões de habitantes. Os partidos do Centrão saem fortalecidos. O PP assumiu a segunda colocação ao saltar de 498 para 685 prefeituras, seguido pelo PSD, que foi de 539 para 655. Na esquerda, apenas o PSOL avançou, de duas para cinco prefeituras.

 

Sobre os aspectos misóginos presentes na eleição recomendamos o levantamento da Revista Azmina, junto com o InternetLab, sobre os ataques dirigidos às candidatas no Instagram e no Twitter. Manuela D’Ávila, que concorreu à prefeitura de Porto Alegre pelo PCdoB é alvo do maior número de FakeNews dessas eleições. Os números impressionam e mostram que a violência física e virtual contra as mulheres da política são um tema importantíssimo para enfrentarmos.

 

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