Quilombolas e camponesas brasileiras e irlandesas enxergam na agricultura formas de resistir à colonialidade, ao patriarcado e ao capitalismo. Tese da UFPR premiada pela Capes dá norte para políticas públicas capazes de captar a complexidade da presença das mulheres no contexto rural do País
O que um abacate, um bife e um jeans têm em comum? À primeira vista, poucas coisas. No entanto, se pararmos para pensar em seu processo de produção, encontramos um elemento comum: a grande quantidade de água necessária para a sua produção. Os dados falam por si: até 1.900 litros de água por quilo de abacate; 15.000 pela mesma quantidade de carne bovina e cerca de 10.000 para um quilo de algodão, principal componente do jeans.
"O campo, para os camponeses e camponesas, é espaço da vida, da produção e da reprodução, da transmissão de culturas, da preservação da biodiversidade, das águas, dos animais e da ancestralidade"
Viagem a um polo exportador de frutas, no Nordeste. Marketing ruralista enaltece o “carinho” das camponesas, mas elas relatam jornadas massacrantes e diversas violações. Estão adoecidas e falta o básico: “a gente não aguenta mais”
Reconhecimento da mulher como produtora diminui desigualdades de gênero no trabalho familiar