O ano legislativo se inicia com muitas novidades. Primeiramente, a eleição das novas Mesas Diretoras e indicação das presidências das Comissões Técnicas da Câmara e do Senado. A parca presença das mulheres nestes espaços se mantém, o que expressa a dificuldade de valorização das mulheres na política e a necessidade de muita luta para mudar as feições masculina e branca dos espaços de poder.

Na Câmara, mais uma vez nenhuma deputada foi eleita para integrar a Mesa Diretora. Apenas duas deputadas foram indicadas por seus partidos para assumirem a presidência de Comissões: deputada Iriny Lopes PT/ES para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias e a deputada Fátima Bezerra PT/RN para a Comissão de Legislação Participativa. No Senado Federal, apenas a senadora Serys Slhessaenko PT/MT integra a Mesa como suplente do 1º secretário. Nenhuma senadora foi indicada para a presidência de Comissões e duas foram indicadas como vice-presidentes: senadora Patrícia Saboya PPS/CE da Comissão de Assuntos Sociais e a senadora Ana Júlia Carepa PT/PA, para a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo.

Uma grande preocupação toma conta dos movimentos feministas; por livre expressão sexual (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) e de direitos humanos de uma maneira geral: a eleição do deputado Severino Cavalcanti (PP/PE), representante das forças religiosas conservadoras, cuja postura confronta a defesa dos direitos humanos e dos direitos sexuais e direitos reprodutivos.


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