A Plataforma Feminista lançada oficialmente em Brasília, no mês passado, e criada pela Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) está se espalhando por todo o Brasil. A sua elaboração foi definida no Encontro da Paraíba, realizado em maio. O objetivo da Plataforma, divulgada através de 2000 folders, é chamar a atenção de candidat@s para as questões de interesse da mulher, que devem ser lembradas no momento da elaboração da plataforma de governo. Serviu ainda de subsídio para o Movimento de Mulheres trabalhar com as candidaturas. Cada Estado pôde apresentar outros pontos de interesse da mulher, na Plataforma, conforme a característica política de sua região.
A educadora da ONG, “SOS Corpo” de Recife, Carla Batista, afirmou que a Plataforma foi lançada em Olinda, juntamente com a distribuição de uma cartilha sobre política para as candidatas e, também, está sendo entregue em quase todos os eventos eleitorais em Recife. No município de Camaragibe 30 mulheres candidatas a vereadoras, de diferentes partidos, receberam a Plataforma. O candidato a vereador pelo PT, Humberto Costa, ex-deputado estadual e federal achou muito interessante a Plataforma que, segundo ele, representa um trabalho a mais do Movimento de Mulheres, que vem crescendo com grande competência em todo o país. “Achei a iniciativa válida e considero que as mulheres estão tendo, a cada dia que passa, um poder de influência política maior nas mudanças da sociedade”, avalia Humberto Costa.
A Plataforma Feminista também chegou ao Maranhão e foi distribuída para as candidatas, através do trabalho do “Grupo de Mulheres da Ilha de São Luís”. A professora Ieda Batista, do Grupo, avaliou que os homens candidatos também se interessaram pelo material. Observou também que nas falas d@s candidat@s já constam itens referentes aos direitos da mulher.
Em Florianópolis, a Casa da Mulher Catarina e o Instituto Catarinense de Estudos Sociais, Políticos e Econômicos lançaram a Plataforma Feminista no seminário “Voz e Voto: a vez das mulheres” que reuniu cerca de 100 mulheres entre candidatas, representantes de instituições civis, ONGs e presidentes de partidos. Clair Castilho, da Casa da Mulher Catarina afirmou que a Plataforma teve um resultado excelente, sendo incorporada em vários discursos de candidatas durante a campanha. A Plataforma foi ainda distribuída no Departamento da Mulher da Federação dos Trabalhadores da Indústria de Santa Catarina e no Fórum de Mulheres de Chapecó, no interior do Estado.
A Frente Popular para a Prefeitura de Florianópolis também se baseou na Plataforma Feminista para elaborar o programa de governo d@s candidat@s.