O número 99 do Fêmea está dedicado às comemorações do Dia Internacional do Trabalho (1o. de maio) e do Dia Mundial da Saúde da Mulher e Dia Latinoamericano de Combate à Mortalidade Materna (28 de maio). Nosso jornal tem por objetivo subsidiar as discussões de noss@s leitor@s sobre temas de interesse daquel@s que participam da construção democrática da sociedade.

Para nós, mulheres brasileiras, comemorar o dia do trabalho é refletir sobre os desafios que estão colocados para a manutenção dos direitos conquistados e lutar para que nenhum direito seja perdido. Apesar de estarmos no mercado de trabalho de forma definitiva, a promessa de uma reforma trabalhista nos conduz a um estado de alerta. Além de termos que lidar com todas as discriminações existentes, é fundamental discutir como essa reforma atingirá os direitos das mulheres no mundo do trabalho.

As organizações sindicais têm-se estruturado para enfrentar a reforma trabalhista tão anunciada pelo governo e já se mobilizam para defender interesses e direitos já garantidos na Constituição.

Com relação à saúde da mulher há, também, pouca coisa a comemorar, mas muito para ser discutido. O planejamento familiar ainda é implementado de forma fragmentada; o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM), enquanto Programa, está desarticulado e transformou-se em ações pontuais de atendimento; a mortalidade materna continua sendo um dos nossos grandes problemas. Nossa intenção é colaborar para esse debate.

Em continuidade à discussão da importância do poder local para o empoderamento das mulheres, propomos o debate sobre os meandros de um bom atendimento no Sistema Único de Saúde no nível municipal e a importância do SUS para o atendimento integral à saúde da mulher.

Esperamos que as informações aqui disponíveis possam contribuir para a reflexão de tod@s @s noss@s leitor@s.


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