Ao todo foram 39 seminários, palestras e oficinas relacionadas a gênero e feminismo. "Neste ano, tivemos muito mais visibilidade, tanto nas manifestações, como na estrutura," afirma Maria Betânia Ávila, do SOS Corpo. O avanço na estrutura se deu na quantidade de mulheres participando das mesas como conferencistas ou facilitadoras. Quando isso não aconteceu, houve constrangimento e a reação. "Tanto os integrantes da mesa, quanto o público questionaram a ausência de mulheres em uma das grandes Conferências", comenta Betânia.

As mulheres organizadas também conseguiram um espaço próprio para suas atividades, apresentações teatrais e feira de livros. "A grande importância do Planeta Fêmea é ter sido ponto de encontro e espaço para troca de diálogos. Pessoas de vários lugares puderam, de fato, encontrar-se," avalia Maria Isabel Baltar, secretária executiva da RedeSaude.

Magaly Pazello, do IBASE/Rede Dawn, aponta a incompatibilidade visível aos olhos. Apesar do avanço da participação das mulheres em mesas e da visibilidade de suas campanhas, no cartaz do Fórum estava o rosto de um homem branco de olhos claros. "Houve êxitos, avanços e estagnações. A frase ‘Um Outro Mundo é Possível’ é incongruente com a imagem que é apresentada. Este outro mundo só será possível quando pudermos apreender o diferente."


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