Celebramos coletivamente a conclusão do Primeiro Laboratório Organizacional para a Sustentação da Vida - Atividade do Projeto Territórios de Cuidado, Luta e Sustentação da Vida.
Em 2021, passado e sobrevivido ao duríssimo período da pandemia e diante da certeza de que a organização e o ativismo das mulheres havia dado respostas à emergência e construído alternativas valiosíssimas, com cuidado, solidariedade, na luta, para a sustentação da vida frente à tamanho desastre, surge a decisão coletiva de pesquisar, conhecer, analisar e compartilhar essas experiências, para que fossem reconhecidas, valorizadas e inspirassem novos processos de transformação.
O estudo foi desenvolvido coletivamente, a partir da articulação do GT ODH formado pelo CFEMEA, SOS Corpo, CRIOLA e AMB . Elas que lutam – as mulheres e a sustentação da vida na pandemia foi publicado em 2022 e revelou várias formas como os ativismos das mulheres teceram redes de cuidado e solidariedade; como resistiram, se articularam e geraram potência coletiva para a transformação; além de tantos outros aprendizados das lutas.
Desde o início, as pessoas envolvidas se dedicam a pesquisar, conhecer, analisar e compartilhar as experiências geradas e vividas no decorrer do processo. Desenvolvido coletivamente, ampliando experiências como articulação entre entidades da sociedade civil, passando por fortalecer redes de cuidado e solidariedade, debates entre mulheres negras, periféricas. Por mudanças de paradigma, para traçar novos caminhos, de bases comunitárias, em um tempo que não é o do capitalismo, em defesa da agroecologia e da luta feminista antirracista. Para a sustentação da vida, do trabalho das mulheres, do cuidado e do autocuidado, um dos exercícios é olhar para a economia feminista e solidária, como ferramenta para vencermos todas as batalhas que estão postas pelos desafios da atualidade. Esforços foram investidos para colocarmos corações e mentes nesta jornada.
"Dialogamos, nos reconhecemos, nos cuidamos, estivemos e estamos nos formando. Criamos os Laboratórios Organizacionais para a Sustentação da Vida! Então, como uma das fundadoras do CFEMEA, há 35 anos nessa organização, quero dizer para vocês que estamos – Amara, Gabi, Guacira, Isabel e Ivônio, muitíssimo satisfeitas com essa nossa parceria, que agradecemos demais a Suely que embarcou nessa canoa e trouxe toda a sua valiosa experiência para, desprendidamente experimentar reinventar o método conosco, agradecemos de mais a cada uma de vocês pela convivência, pelas trocas, pelos laços que nos unem - CFEMEA ao CMC, ao MCMT, ao MECE, porque esta Comunidade está transformando profundamente o CFEMEA e esperamos que logo-logo transforme muito mais, transforme a vida das mulheres negras e periféricas nas suas comunidades e em tantas outras periferias neste nosso país. E agradecemos também OAK, Fundação Ford, HBS, e Fos Feminista, que confiaram na gente e com as suas doações nos possibilitaram avançar." (Guacira César de Oliveira)