Quase lá: Zenaide critica cultura do Estado mínimo e privatização de serviços públicos

"Quem está socorrendo o povo na calamidade é o Estado brasileiro"

Da Agência Senado | 04/06/2024, 16h15

 zenaide maia SF

Waldemir Barreto/Agência Senado

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) afirmou, em pronunciamento nesta terça-feira (4), que a cultura liberal do Estado mínimo, pregada por economistas e empresários, precisa ser debatida com transparência e honestidade intelectual. Para a parlamentar, serviços públicos essenciais à população, como água tratada, saneamento básico e energia elétrica, não podem ser privatizados a qualquer custo. 

— Quem está socorrendo o povo na calamidade é o Estado brasileiro. É aquilo que eu venho dizendo: na hora H vendem tudo porque tem que ser privado, mas na hora da tragédia, da enchente, do acidente de trânsito, do incêndio, do assalto, do homicídio, da cirurgia, do tratamento de saúde, da matrícula na escola, quem tem que correr para lá é o corpo de bombeiros, a polícia civil, a polícia militar, é o Estado presente, salvando vidas.

Zenaide argumentou que os gigantes do capital privado sempre são "salvos" pelo Estado, e por isso deveriam ser cobrados proporcionalmente ao que ganham. 

— Cadê os bancos dizendo que não vão cobrar juros e que não vão cobrar no SPC [Serviço de Proteção ao Crédito] quem tem um empréstimo para comprar casa e está debaixo d'água no Rio Grande do Sul? Cadê a linha de crédito dos bancos para quem precisará reconstruir a vida a partir do zero? Ninguém do setor privado levanta da cadeira nessa hora de desespero coletivo. A sociedade civil é que ajuda, o governo é que tem que comandar a reconstrução. E é isso que o governo brasileiro tem feito o tempo todo.

A parlamentar também destacou que 50% do Orçamento Geral da União é destinado a pagar dívidas e serviços de dívidas do governo federal com o sistema financeiro. Zenaide questionou o fato desses valores jamais terem sido auditados, mesmo havendo previsão constitucional.

— Falam tanto em ajuste fiscal como um mandamento sagrado, mas, na hora de financiar os grandes e de dar metade do dinheiro do país para os bancos, ninguém fala que isso precisa entrar na conta do ajuste fiscal. [...] Nesse país vivemos à mercê de uma modalidade exótica: é o capitalismo estatal. O grande capital quer o Estado mínimo, quando se trata de usar os impostos para investir no social e em políticas públicas, mas, quando é para ser alvo, é o Estado brasileiro que salva o banqueiro, é o contribuinte brasileiro que salva banqueiro da falência.

Agência Senado

fonte: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2024/06/04/zenaide-critica-cultura-do-estado-minimo-e-privatizacao-de-servicos-publicos


Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...