A cientista baiana Jaqueline Goes, reconhecida como uma das '20 Mulheres de Sucesso do Brasil', é presença confirmada
Caravana pretende fortalecer a representatividade feminina na política institucional do país - Divulgação
Com o objetivo de fortalecer a representatividade feminina, promover a paridade de gênero e o compromisso de estimular o debate sobre a participação política feminina para todo o país, a "Caravana Mulheres pelo Brasil – Por um país com equidade e mais mulheres na política" chega a Salvador, nesta sexta (9) e sábado (10). O encontro acontece no Wish Hotel da Bahia é gratuito e aberto ao público.
O evento é organizado pela Secretaria Nacional das Mulheres do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e conta com diversos debates, oficinas e atividades culturais. Dentre as lideranças femininas que já confirmaram presença, está a cientista baiana e doutora em patologia humana, Jaqueline Goes, reconhecida como uma das '20 Mulheres de Sucesso do Brasil' pela revista Forbes.
Também estarão presentes Alice Portugal, deputada federal do PCdoB pela Bahia; Olívia Santana, deputada estadual do PCdoB; Ângela Guimarães, secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais; Dani Costa, secretária nacional das Mulheres do PCdoB; Julieta Palmeira, ex-secretária de políticas para as mulheres da Bahia e assessora da FINEP; Aladilce Souza, pré-candidata a vereadora de Salvador; Dona Nilda; Adriana Marmori, reitora da Universidade Estadual da Bahia; Marilda Gonçalves, pesquisadora e diretora da Fiocruz, entre outras.
Para a deputada federal Alice Portugal, a caravana mostra a importância da mobilização política feminina como um mecanismo de representação feminina em espaços de poder. "A Caravana das Mulheres é um mecanismo político de mobilização feminina. A representação da mulher nos espaços de poder é primordial para sair da condição de sub-representação, necessitando de estímulos, formação e confiança para darmos o salto em direção a participação mais efetiva", afirma.
De acordo com o Censo de 2022, o Brasil é majoritariamente feminino, com 51,5% do país composto por elas, o que representa 6 milhões a mais de mulheres. Mesmo que maioria, o Relatório Mundial sobre Desigualdade de Gênero de 2023 estima que serão necessários cerca de 162 anos para atingir paridade de gênero na política. Levando em consideração os dados anteriores, a Caravana surge como uma resposta frente a esses desafios de ocupar os espaços políticos. A atividade promove a multiplicação de conhecimentos e estratégias para potencializar o protagonismo social e a equidade.
A enfermeira, ativista e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Aladilce Souza, destaca a importância da organização e mobilização das mulheres na luta por mais representatividade em Salvador.
"A Secretaria Nacional de Mulheres do PCdoB não poderia ter sido mais feliz ao definir o tema dessa Caravana de Mulheres pelo Brasil: Um país com equidade e mais mulheres na política. Aqui em Salvador, a capital brasileira mais feminina, onde somos 54,4% da população, estamos lutando contra a sub-representação não só na política, mas em todos os espaços de poder e nos melhores postos do mercado de trabalho. Contem comigo para colocar as mulheres e nossas pautas no protagonismo que merecemos, reforçando a luta por políticas públicas voltadas para a emancipação e igualdade de gênero", diz.
Para Olívia Santana, deputada estadual e presidenta da Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Serviço Público da ALBA, o comprometimento com a transformação do sistema político, especialmente no que tange à participação e representação das mulheres, é fundamental. "Este sistema político é patriarcal, muito viril e violento. É uma fórmula, um modelo de fazer política draconiano, é um combate constante. Então, nós, mulheres inseridas neste espaço, estamos promovendo uma contracultura, estamos mudando as regras do jogo. Queremos a paridade, não seguir sendo o inusitado, a exceção", defende.
Com a participação de especialistas em gênero, professoras, artistas, militantes, parlamentares, trabalhadoras e estudantes, as mulheres poderão desenvolver um debate acerca da criação de uma plataforma de políticas públicas destinadas a promover cidades democráticas, inclusivas e sustentáveis.
Para conferir a programação completa está disponível aqui.
Edição: Gabriela Amorim