Não existe dia e nem horário para resistir e para lutar contra o feminicídio.
Na tarde dessa quarta-feira (25/01), o Cfemea e outras organizações do Levante Feminista Contra o Feminicídio do DF e Entorno estiveram em frente ao Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal, para um ato com faixas, margaridas, calçados femininos e manchas de tinta vermelha que simbolizam o sangue derramado de mulheres assassinadas. A instalação é do ato em manifestação ao combate ao feminicídio no DF e em todo país.
Em apenas 19 dias, janeiro já registrou dez casos de feminicídio no DF e entorno, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF). O número equivale ao registrado entre os meses de janeiro e julho de 2022. Durante todo o ano passado, 17 mulheres foram assassinadas, vítimas de feminicídio, no DF. Isso significa que, se a tendência se mantiver, teremos, em 2023, um recorde desse tipo de violência, que tem por vítima as mulheres.
No Brasil, só no primeiro semestre de 2022 foram registrados 699 casos de feminicídios. A informação é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que identificou um aumento de 10,8% nos casos de feminicídio, em relação ao primeiro semestre de 2019, com 631 casos, e o mesmo período de 2022. Ainda segundo um levantamento do Fórum, em média, uma mulher é vítima do crime de feminicídio a casa 6 horas.
Chega de nos matar!
Texto de Ivana Sant'Anna
Fotos de Juliana Duarte