Evento reúne algumas dezenas de entidades de direitos humanos de todo o país vai até o dia 2 de março, em Brasília
Ivana Sant'Anna - Cfemea
O primeiro dia de atividades do “Diálogos pela Democracia: Fortalecendo a luta pelos Direitos Humanos no Congresso Nacional”, que acontece em Brasília até o dia 2 de março, foi reservado para estabelecer estratégias de incidência política entre as mais de 60 representantes das entidades de movimentos sociais nas casas legislativas.
Depois do encontro realizado em novembro do ano passado, quanto entidades e movimentos sociais analisaram o resultado das eleições, este foi o segundo encontro presencial pós-pandemia entre as representantes da pauta feminista e dos direitos humanos de todo o país e aconteceu na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, do Senado. Lá, @s representantes das entidades traçaram o planejamento dessas ações no Congresso Nacional que ocorrerão durante toda a semana.
De acordo com a consultora do Cfemea, Isabel Freitas, um dos objetivos desta terça-feira é a atuação presencial entre os partidos progressistas.
“Nesse primeiro encontro entre todas nós, fizemos uma divisão de quatro grandes grupos para atuar com líderes e vice-líderes de partidos progressistas do Congresso que integra um grupo importante e estratégico para o campo feminista, antirracista, ambientalista e de direitos humanos. Estamos trabalhando no avanço das nossas pautas”, reforçou Freitas.
O objetivo do “Diálogos pela Democracia: Fortalecendo a luta pelos Direitos Humanos no Congresso Nacional” é estabelecer um diálogo constante sobre a agenda emergente para as populações mais vulneráveis da sociedade brasileira.
Para os movimentos que integram o evento, ao abrir um canal de diálogo permanente com o Congresso Nacional, será possível contribuir para a construção de políticas públicas mais inclusivas e justas, que atendam às demandas da população e dos grupos que historicamente têm seus direitos violados.
“Estamos falando da desigualdade racial e social, da questão da fome, da perseguição constante e da ofensiva dos movimentos fundamentalistas e anti-direitos, da pauta feminista, da pauta LGBTQIA+, da pauta da saúde, das violações ambientais, da terra e da água. Uma carta que está colocando questões estruturantes da nossa luta”, reforçou a assessora técnica e de articulação política do Cfemea, Jolúzia Batista.
As organizações que coordenam a atividade são: Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA); Rede de Desenvolvimento Humano – REDEH; Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – DIAP; Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos – ABGLT; Instituto Socioambiental (ISA); Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC); Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC); Comunicação e Memória Afro-brasileira (IROHÍN); Movimento de Trabalhadores sem Terra (MST); Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura – CONTAG; GreenPeace; Terra de Direitos; Campanha Nem Presa nem Morta; Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto (FNPLA); Intervozes; Centro de Documentação; Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil (AMDH); Católicas pelo Direito de Decidir; ABONG; Rede de Mulheres de Pernambuco; Coletiva Luiza Mahin; Curumim; OXFAM Brasil; Gelédes – Instituto da Mulher Negra; Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA); FLD-COMIN-CAPA; Centro de Assessoria Multiprofissional (CAMP); Frente de Mulheres Negras do DF (FMNDF); Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).
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