Quase lá: Desigualdade econômica cria abismo social entre homens e mulheres

De acordo com estudo da Oxfam, mulheres ganham 51 centavos para cada dólar da remuneração masculina e são maioria nos empregos mais mal pagos e precários no mundo

Relatório sugere que as empresas coloquem em prática regras que ajudem as mulheres -  (crédito: rawpixel.com/Donlaya/Freepik)
Relatório sugere que as empresas coloquem em prática regras que ajudem as mulheres - (crédito: rawpixel.com/Donlaya/Freepik)

 

Foto de perfil do autor(a) Edla Lula
Edla Lula 
postado em 21/01/2024 Correio Braziliense
 

O relatório Desigualdade S.A. - Como o poder corporativo divide nosso mundo e a necessidade de uma nova era de ação pública divulgado pela Oxfam no âmbito do Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça, mostra que profundas desigualdades econômicas ainda impõem a condição de inferioridade à mulher, na comparação com os homens.

A organização internacional, que reúne entidades que trabalham no combate à pobreza e à desigualdade no mundo, aponta, por exemplo, que as mulheres ainda ganham 51 centavos para cada dólar da remuneração masculina. "Em termos globais, os homens possuem 105 trilhões de dólares em patrimônio a mais do que as mulheres - a diferença é equivalente a mais de quatro vezes a economia dos Estados Unidos", observa um dos trechos do documento.

Outro dado exposto no relatório denuncia que mais de três quartos do trabalho de cuidado não remunerado em todo o mundo estão a cargo de mulheres. O montante representa três vezes o tamanho da indústria global de tecnologia.

As mulheres também são maioria nos empregos mais mal pagos e precários no mundo. "Os baixos salários fazem com que muitos trabalhadores enfrentem longas jornadas e fiquem presos à pobreza, enquanto as persistentes disparidades salariais entre homens e mulheres e as pesadas cargas de cuidado não remunerado refletem uma economia global que se baseia na exploração sistemática das mulheres", destaca trecho do documento.

O relatório sugere que as empresas coloquem em prática regras que ajudem as mulheres e garantam que todos sejam tratados de forma justa, o que inclui dividir melhor o trabalho não remunerado, como cuidar da casa e dos filhos.

O documento da Oxfam foi compartilhado na página da internet do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, que este ano está sob a presidência do Brasil. O G20 acaba de criar o Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres, que tem como prioridade o combate à desigualdade de gênero.

"A pauta da igualdade de direitos entre homens e mulheres é crucial para nós", disse a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, coordenadora do GT. 

fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2024/01/6790270-desigualdade-economica-cria-abismo-social-entre-homens-e-mulheres.html

 

 

Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...