Recentemente tivemos a mobilização nacional, principalmente de mulheres, contra a lei do estupro, colocada em discussão pelo Congresso Nacional. Não chegou a ser votada por conta da mobilização nacional.
José Rodrigues Filho - julho 31, 2024
Fonte: SlideServe
No atual governo é possível identificar políticas escandalosas do mal contra o povo, afetando o bem comum, numa demonstração de que a ideologia de extrema direita do governo anterior, no Brasil, conseguiu encurralar a direita e até parte da esquerda num ciclo de turbulências políticas e sociais.
Semelhante ao que vinha acontecendo no Reino Unido, o reino da direita perniciosa, definida como tóxica, está conseguindo colocar o Brasil de joelhos. No atual governo se tinha a esperança de se ter uma reviravolta, recriando o Brasil como uma sociedade do ‘Nós”, em vez de uma sociedade do ‘Eu’. Com as constantes e escandalosas políticas do mal contra o povo e o bem comum, estamos longe disto.
Assim sendo, a prática do mal na política foi intensificada, em 2022, com a eleição do Congresso Nacional mais conservador da história do Brasil. Ao contrário do Brasil, os ingleses, nas eleições deste ano, derrotaram a maioria de um Parlamento Conservador, elegendo dois terços de parlamentares progressistas, que se comprometeram renovar a política em benefício da sociedade.
Um dos compromissos de campanha do Primeiro-Ministro do Reino Unido, Keir Starmer, recém-eleito, é fazer da política uma força para o bem e que o governo pode mudar a vida das pessoas para melhor. A intenção é fugir da política tóxica dos conservadores, que levou o povo inglês ao empobrecimento, beneficiando as grandes corporações.
Em poucos dias já há evidências de que o Serviço Nacional de Saúde recebe melhorias e mais de um milhão de moradias já foi planejada, contrariando o mercado imobiliário especulativo do país. Além disto, o maior número de mulheres na história do país foi indicado para ocupar ministérios.
Enquanto isto algumas políticas do mal, no Brasil, continuam sendo discutidas e aprovadas no Congresso Nacional e que precisam ser divulgadas como as mais escandalosas do mundo, numa demonstração de que as necessidades do povo não são atendidas, diante dos desvios de recursos destinados aos vícios de orçamentos secretos e interesses corporativos.
Começaremos enumerando algumas leis discutidas e aprovadas no país, nos últimos meses, com consequências desastrosas para a população. A primeira delas, foi a lei do veneno, permitindo o uso intenso de agrotóxicos no país, muitos deles já proibidos em outros países. Já mostramos os efeitos desastrosos de agrotóxicos no país, incluindo mortes, câncer, malformações fetais, abortos espontâneos e vários outros danos â saúde humana.
Mais recentemente tivemos a mobilização nacional, principalmente de mulheres, contra a lei do estupro, colocada em discussão pelo Congresso Nacional. Não chegou a ser votada por conta da mobilização nacional. Proposta voltada para levar as mulheres a sofrimentos terríveis, incluindo a prisão. De um lado proibia o aborto, mas de outro não se tinha como proibi-lo, no caso de envenenamento de mulheres por agrotóxicos. Enfim, nunca houve uma preocupação com a saúde da mulher e das crianças nestes debates.
Por último, foi vergonhosa a união de esquerda e direita para aprovação de emendas durante a reforma tributária, visando privilegiar fazendeiros e latifundiários, jogando mais impostos nas costas do povo. Chegaram ao absurdo de isentar impostos dos agrotóxicos, sacrificando a sociedade com mais impostos e os danos do envenenamento.
Além disto, isentaram os produtores de carne de impostos sob o falso argumento de que os que estiveram na fila do osso irão poder comer filé mignon. Com os produtores isentos de impostos e a sociedade pagando mais impostos, a fila do osso tende a aumentar. Estes absurdos só fazem aumentar as desigualdades sociais.
Só o voto poderá mudar isto e esperamos que nas próximas eleições os eleitores busquem escolher parlamentares, incluindo a participação de mulheres na política, comprometidos em fazer da política uma força para o bem, mudando inclusive este conceito de política predominante no país, que se refere à irresponsabilidade, corrupção, orçamento secreto e às descaradas mentiras dos políticos.
O conceito de política na filosofia não é isto que presenciamos no nosso país. Por fim, queremos a política do bem e não a do mal, presente no país. Nestas eleições municipais, já podemos começar acompanhando os candidatos apoiados pelos que estão no Congresso Nacional praticando a política do mal contra o povo e o bem comum.
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