Quase lá: Lares chefiados por mulheres negras no DF sofrem mais insegurança alimentar, diz estudo

Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que 21% dos domicílios no DF apresentam algum grau de insegurança alimentar

Mulheres negras preparando e distribuindo refeições para pessoas em situação de insegurança alimentar

Foto: Íris Aparecida dos Santos/Pamana

GIOVANNE RAMOS

10 DE OUTUBRO DE 2023

 

Um estudo apresentado durante o “Seminário das Quintas” sobre “Segurança Alimentar no Distrito Federal: Um Panorama Sociodemográfico”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na última quinta-feira (5), revelou que em 21% (196.362) das residências do Distrito Federal (DF), os moradores convivem com algum grau de insegurança alimentar.

De acordo com o estudo, conduzido pelas pesquisadoras Francisca Lucena e Maria Salete Queiroz, do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (PFEDF), os domicílios estão classificados em quatro situações:

Segurança alimentar – a família tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais;

Insegurança alimentar leve – há uma preocupação ou incerteza quanto ao acesso a refeições no futuro, além do racionamento de alimentos para não comprometer a quantidade deles;

Insegurança alimentar moderada – quando há uma redução quantitativa nos padrões de alimentação entre os adultos, decorrente de sua diminuição;

Insegurança alimentar grave – quando há uma redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, resultante da falta de comida entre todos os moradores, incluindo as crianças.

A pesquisa também aponta que residências chefiadas por mulheres negras no DF apresentam um índice quase três vezes maior de insegurança alimentar do que as conduzidas por homens não negros. O índice de insegurança nas casas em que a mulher negra é provedora é de 31.9%; nos chefiados por homens não negros é de 11.5%; as administradas por homens negros 19.1%; e por mulheres não negras 19.2%.
Em números totais, os 21% dos domicílios que enfrentam algum grau de insegurança alimentar representam 196.362 residências. Em relação a moradores, 4.59% (134.459) se encontram em um grau grave de insegurança.

 
GIOVANNE RAMOS

Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

fonte: https://almapreta.com.br/sessao/cotidiano/lares-chefiados-por-mulheres-negras-no-df-sofrem-mais-inseguranca-alimentar-diz-estudo/

Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...