A Semana do Orgulho LGBTQIA+ na UnB, ocorre entre os dias 23 de junho e 4 de julho de 2023, em parceria com o Núcleo de Estudos de Gênero e Diversidade Sexual (Nedig/Ceam), a Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (Deac/DAC), com apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub)
O Dia Internacional do Orgulho LGBT é celebrado mundialmente pelo movimento LGBTQIAP+ em 28 de junho como um importante instrumento de visibilidade na luta por cidadania, respeito e valorização das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, queers, intersexuais, pansexuais, e demais identidades destoantes da heterocisnormatividade.
Neste contexto, na perspectiva da inclusão e promoção da diversidade na Universidade, a Secretaria de Direitos Humanos, por meio de sua Coordenação LGBTQIA+, realiza a Semana do Orgulho LGBTQIA+ na UnB, entre os dias 23 de junho e 4 de julho de 2023, em parceria com o Núcleo de Estudos de Gênero e Diversidade Sexual (Nedig/Ceam), a Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (Deac/DAC), com apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub).
A celebração contará com realização da Conferência Dissidente 'Eu existo! Nosso ORGULHO é também não binário/a/e!, realizada pelo CREAS da Diversidade e Defensoria Pública do Distrito Federal, juntamente com o Nedig/Ceam, com rodas de conversa, oficinas, cine-debate e atividades culturais. No último dia, a SDH, em parcerias, realiza a VII Parada do Orgulho LGBTQIA+ da UnB. O objetivo das atividades é chamar a atenção da comunidade universitária para a necessidade do reconhecimento e respeito às diversas identidades de gênero e para o direito à orientação sexual diversa dos padrões hetero e cisnormativos, promovendo um ambiente universitário plural e acolhedor, como preconiza as normas institucionais.
Toda a comunidade está convidada a participar! Siga a SDH no Instagram.
Confira a programação completa:
SEMANA DO ORGULHO LGBTQIA+ NA UnB
23 de junho
14h30 às 18h - Conferência Dissidente: Eu existo! Nosso ORGULHO é também não binário/a/e!
(Defensoria Pública do Distrito Federal/ CREAS da Diversidade/ NEDIG)
Local: Auditório do Sintfub e Praça Chico Mendes;
18h - Comballt - Apresentação Vivências Ballroom na UnB
Local: Praça Chico Mendes
28 de junho
18h - Roda de conversa sobre transmasculinidades: Saúde e sanitarismo básico.
Vivências Ballroom na UnB
Local: Núcleo de Dança - Campus Darcy Ribeiro
30 de junho
14h - Oficina Preparatória para a Parada do Orgulho LGBTQIA+ da UnB
(Grupo de Extensão A comunicação dos movimentos sociais - Formação coletiva em Agitação e Propaganda)
Local: Faculdade de Educação Física - Praça central
4 de julho
VII PARADA DO ORGULHO LGBTQIA+ DA UnB
11h - Concentração e Oficina de cartazes - Entrada do ICC Sul
Oficina de Montagem - Batcaverna - ICC Sul
12h30 - Saída para o percurso com finalização em frente ao RU
Saída do estacionamento do ICC Sul.
14h - Cinemateca
Exibição do filme Orgulho e Liberdade, seguida de debate
Local - Anf. 10 - ICC Sul
SOBRE – Historicamente, as ações em junho fazem alusão ao levante ocorrido em 1969, que ficou conhecido como a revolta de Stonewall Inn, nome de um bar nova-iorquino, ponto de encontro de pessoas LGBT, que se rebelaram contra as frequentes discriminações e “batidas” policiais no local, efeito de uma política estatal higienista, de forte cunho lgbtfóbico. No ano seguinte, a resistência do público frequentador daquele espaço, resultou, dentre outras ações, na primeira Parada do Orgulho LGBT, ocorrida em junho de 1970, ação que se estendeu por diversas partes do mundo.
Celebrar o Orgulho LGBT é rememorar a resistência das pessoas que ousaram se expor no longo caminho de enfrentamento corajoso das ofensivas da heterocisnormatividade e suas consequentes violências. E tal resistência não diz respeito apenas ao local do evento que marca a data, mas a todos os espaços e territórios e a todas as existências que compõem a palheta de possibilidades da sexualidade humana, inclusive aquelas aniquiladas e/ou invisibilizadas pelos processos colonialistas patriarcais.
Apesar da visibilidade conquistada e certa proteção legal vigente, no Brasil, ainda são chocantes os números de assassinatos e outras violências cotidianas contra as pessoas LGBTQIA+, especialmente transexuais negras/os e periféricas/os. A violência institucional também afeta sobremaneira as pessoas LGBTQIA+, que acabam, muitas vezes, expropriadas do direito à educação e saúde, sendo, paralelamente, excluídas do mundo do trabalho e da convivência familiar e comunitária. O que resulta, em inúmeros casos, em adoecimento mental e suas consequências. Na Universidade esses efeitos culminam, também, em baixo rendimento acadêmico, isolamento social, evasão, problemas laborais e falta de pertencimento à comunidade universitária.