Quase lá: Em 7 anos, 280 crianças do DF tornaram-se órfãs por causa do feminicídio, diz secretária

Em reunião realizada nesta quinta-feira, órgãos do GDF definiram ações para tentarem diminuir casos de feminicídio na capital

 


Arte/Metrópoles

 

A secretária da Mulher do Distrito Federal, Gizelle Ferreira, afirmou que a força-tarefa do GDF de combate ao feminicídio fará, como umas das primeiras tarefas do grupo, ações de publicidade já durante o Carnaval. Segundo a secretária, desde 2015 até 2022, cerca de 280 crianças tornaram-se órfãs por causa de casos de feminicídio.

“Estamos unidos com uma força-tarefa, a mulher e a sociedade vão saber onde e quem procurar para combater o feminicídio”, comentou a secretária. As informações foram divulgadas após reunião do grupo, ocorrida nesta quinta-feira (9/2) no Palácio do Buriti. A governadora em exercício, Celina Leão (Progressistas), também participou do encontro.

“Vamos ter a próxima reunião técnica no próximo dia 15 e vamos fazer medidas a curto, médio e longo prazo. A governadora falou que essa política tem que ser um enfrentamento contínuo. Vamos sair com algumas medidas emergenciais, mas esse enfrentamento não vai ser da noite para o dia”, comentou Ferreira.

A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, que também presente no encontro, comentou sobre as previsões das ações a serem realizadas nas escolas do DF.

Segundo ela, além das medidas já vigentes, a pasta pretende instituir uma semana voltada para a discussão de temas que abordem o combate ao feminicído e à violência contra a mulher. “Vamos colocar uma semana inteira de trabalho nas escolas”, revelou. A medida deve ser implementada a partir de março.

O presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Edison Garcia, afirmou que a companhia dará continuidade aos trabalhos de levar iluminação a locais considerados perigosos. “O projeto é de nós participarmos dessa força tarefa para que a iluminação de qualidade seja instrumento preventivo de proteção das mulheres no trabalho e no caminho de casa”, disse.

Segundo Garcia, o objetivo é identificar quais “pontos escuros” precisam ser fortalecidos.

 

Sobre o grupo

Uma publicação de edição extra do Diário Oficial do DF, de terça-feira (7/2), oficializou o grupo de combate ao feminicídio, composto por mais de 10 instituições.

Segundo o texto, o objetivo da força-tarefa é “propor, no âmbito do Distrito Federal, políticas públicas voltadas à prevenção do feminicídio, à proteção, ao acolhimento e à eliminação de todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres”.

Ao todo, nove secretarias do governo, Defensoria Pública do DF e a Companhia Energética de Brasília (CEB) compõem o grupo, inicialmente. Entre as pastas, estão, por exemplo, as secretarias da Mulher, da Justiça e Cidadania, da Saúde e da Educação.

Outras quatro instituições foram convidadas: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT); Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); Câmara Legislativa; e Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção do Distrito Federal (OAB/DF).

 

Mais sobre o assunto

Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...