Primeira mulher indígena a ocupar a Funai, Joênia assume em meio à crise de saúde dos Yanomamis, que sofrem com desnutrição e malária
Metrópoles
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O ministro da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, oficializou a nomeação da deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR) como a nova presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (1º/2).
Joênia foi convidada para comandar a fundação em dezembro do ano passado, quando anunciou que aceitou o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A deputada é a primeira mulher indígena a ocupar o posto de presidente da Funai.
Na gestão Lula, a Funai deixou de ser subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e passou a compor a estrutura inédita do Ministério dos Povos Indígenas, que é comandado por Sônia Guajajara (PSol-SP).
Yanomamis
Joênia Wapichana assume o comando da Funai em um momento em que o povo Yanomami sofre com uma grave crise de saúde, com registros de desnutrição e malária.
No início desta semana, o presidente Lula determinou o bloqueio do tráfego aéreo e fluvial de garimpo ilegal na terra Yanomami, em Roraima.
Também nesta semana, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a investigação da possível prática dos crimes de genocídio de indígenas e de desobediência de decisões judiciais por parte de autoridades do governo Jair Bolsonaro.
O ministro do STF determinou ainda que o atual governo garanta a retirada de garimpos ilegais em sete terras indígenas, além de ter fixado um prazo de 30 dias para que seja apresentado um diagnóstico dessas comunidades, com o respectivo planejamento e cronograma de execução de medidas.