Quase lá: Para garantir segurança alimentar à população são necessárias mudanças estruturais

Segundo Dirce Marchioni, ao mesmo tempo em que o Brasil é um dos grandes produtores de alimentos mundiais, a população passa fome e, portanto, o País deve equacionar essa problemática

  Publicado: 30/11/2023 - Jornal da USP

Texto: Redação

Arte: Simone Gomes

 

A população brasileira está longe de possuir uma nutrição de qualidade, visto que parte dos indivíduos, além de passar fome, está com sobrepeso ou obesidade, condições também ligadas à insegurança alimentar – Foto: Martine Perret/ODS/UN

 

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1º Simpósio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Combate à Fome tem o objetivo de produzir evidências científicas de apoio ao desenvolvimento de soluções e políticas públicas que promovam a segurança alimentar; também irá abordar a formação de pessoas nesse campo que realizem ações de extensão.

Dirce Marchioni, professora da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do INCT, apresenta o tema que será abordado no evento e discorre sobre sua programação.

Contextualização

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) é apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para tratar de assuntos nacionais, com a intenção de contribuir com pesquisa para as principais demandas da sociedade brasileira. 

Nesse sentido, a Reitoria da USP promoveu seminários e simpósios que abordaram a segurança alimentar e formou o Grupo de Trabalho Políticas Públicas de Combate à Fome e Insegurança Alimentar, que possui a missão de produzir evidências de apoio às políticas públicas. No início, esse grupo era formado apenas por docentes e pós-doutorandos da USP e, atualmente, foi ampliado para mais de 80 pesquisadores de universidades de todo o Brasil.

No Brasil

De acordo com a professora, ao mesmo tempo em que o Brasil é um dos grandes produtores de alimentos mundiais, a população passa fome e, portanto, o País deve equacionar essa problemática, produzir de forma sustentável e desenvolver tecnologias para isso. Assim, o pesquisador Pedro Abel Vieira, da Embrapa, fará uma palestra sobre o assunto durante o evento.

O professor Sergio Schneider abordará os desafios da agricultura familiar e sistemas alimentares sustentáveis. Esse cultivo é responsável por grande parte do alimento consumido pela sociedade brasileira e, apesar disso, existem muitas dificuldades para sua manutenção. 

Segundo Dirce, a população brasileira está longe de possuir uma nutrição de qualidade, visto que parte dos indivíduos, além de passar fome, está com sobrepeso ou obesidade, condições também ligadas à insegurança alimentar.

O simpósio

Dirce Maria Lobo Marchioni - Foto: Arquivo Pessoal

A professora explica que o problema da fome possui raízes estruturais, sendo necessárias mudanças para, dessa forma, garantir que a população possua estabilidade na segurança alimentar. Segundo ela, o grupo produziu, em cerca de um ano, um relatório com 39 políticas públicas a partir da observação das determinantes estruturais e, inclusive, subsidiou o debate em conferências estaduais sobre o tema.

“Para contribuir de uma forma perene na segurança são precisas grandes transformações no sistema agroalimentar, que atualmente não tem entregue saúde para a população”, diz Dirce, que comenta que a abertura do evento será feita pela diretora da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Corinna Hawkes, e irá tratar sobre essas reformas.

Serão realizadas três mesas redondas durante o simpósio: Políticas públicas e produção de alimentosPolíticas públicas e a promoção de alimentação e nutrição saudáveis e sustentáveis; e Políticas públicas para acesso e distribuição de alimentos, com pessoas de reconhecida importância nessas áreas. O simpósio será realizado na FSP, no dia 4 de dezembro, das 9h às 17h30, com transmissão ao vivo no YouTube. As inscrições para participar presencialmente são gratuitas.

 


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fonte: https://jornal.usp.br/radio-usp/para-garantir-seguranca-alimentar-a-populacao-sao-necessarias-mudancas-estruturais/

 


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