Quase lá: Perdemos uma mulher que lutava contra o terrorismo do Estado que matou seu filho

É com pesar que informamos o falecimento da companheira Maria, conhecida como Dona Mari, mãe vítima do terrorismo do Estado, que lutava pela memória e justiça desde o assassinato de seu filho Mc Bryan

Rede Nacional de Mães e Familiares Vítimas do Terrorismo do Estado

 

dona mariÉ com pesar que informamos o falecimento de Maria, conhecida como Dona Mari, mãe vítima do terrorismo do Estado, que lutava pela memória e justiça desde o assassinato de seu filho Mc Bryan, ocorrido em janeiro desse ano, com apenas 22 anos de idade. Foi ela quem encontrou o corpo de Brayan, em um matagal em Grande Recife.

Hoje chegamos ao VII Encontro Nacional de Mães e Familiares Vítimas do Terrorismo do Estado com esta lamentável notícia, que assola todos os familiares que aqui estão e todos os outros Brasil a fora. Continuaremos a luta por Memória, Justiça, Reparação, mas principalmente, a luta por atendimento psicológico para as vítimas e familiares vítimas do genocídio do Estado.

Luto para nós sempre foi verbo e substantivo, desde que nós nascemos. Nós lutamos desde sempre, desde antes, e nunca deixaremos de encarar de frente os inúmeros lutos cotidianos que sempre nos foram impostos com muita violência.

Nossos filhos têm voz e nossas mães também!

Dona Mari presente, HOJE E SEMPRE!

 


Sobre o VII Encontro Nacional de Mães e Familiares Vítimas do Terrorismo do Estado saiba mais em:

Movimentos de mães exigem justiça contra a polícia que matou seus filhos


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Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

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Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

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