Produzida desde 2009, revista aborda, em edições temáticas, assuntos que provocam o debate público sobre políticas para as mulheres e desigualdade de gênero
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, assinou a Portaria nº 24, publicada nesta sexta-feira (16/02), no Diário Oficial da União, que formaliza a Revista do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero (OBIG). O ato normativo institucionaliza e estrutura a revista, cria o Conselho Editorial e indica os princípios para a criação da política editorial e demais instrumentos para o fortalecimento da publicação.
Segundo a secretária executiva Maria Helena Guarezi, “a instituição da revista por meio de portaria vem no esteio de um processo de institucionalização do Observatório como um todo, solidificando seu papel de ser um mecanismo estratégico para subsidiar a formulação e implementação das políticas públicas para as mulheres no Brasil".
Novas políticas para mulheres e uma nova revista
O objetivo da proposta para 2024 é retomar a publicação, garantir a periodicidade e a distribuição da Revista para contribuir com a realização de pelo menos um dos objetivos do Observatório relativo à difusão da informação, que é “promover o acesso à informação e produzir conteúdo sobre igualdade de gênero e políticas para as mulheres para o fortalecimento da participação social”.
De acordo com a portaria, a publicação terá frequência anual e será editada em formato impresso e eletrônico. A equipe do OBIG estuda vários temas para a próxima edição, tendo em vista o cenário atual. Uma das novidades é a publicação de análises e diagnósticos baseados em dados, indicadores e evidências sobre a realidade das brasileiras. Nesse sentido, um dos suportes para a coleta de informações é o Painel de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, ferramenta elaborada para o acompanhamento de temas de grande interesse no campo das políticas para mulheres.
Publicação histórica
Lançada há 15 anos durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Revista do Observatório abordava, em cada edição, questões específicas, construída em forma de dossiês temáticos para a discussão sobre políticas em fase de implantação no País destinadas às mulheres e à promoção da igualdade de gênero. À época, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres era vinculada à Presidência da República, coordenada pela ministra Nilcéa Freire (foto), e a subsecretária de Monitoramento de Programas e Ações Temáticas era Cida Gonçalves.
Já foram contemplados temas como mulheres e poder, trabalho e gênero, autonomia econômica e desenvolvimento sustentável, mulheres no esporte. O conteúdo inicial foi desenvolvido em diversos formatos: artigos, colunas, bate-papo, e entrevistas, incorporando diferentes perspectivas com a colaboração da sociedade civil, do governo, e da academia.
No total foram elaborados sete números; e a última edição, com 73 páginas, publicada em dezembro de 2015, teve como foco o sistema político sob uma perspectiva de gênero. O veículo foi descontinuado em governos posteriores, até ser retomado pelo atual governo.
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Conteúdo elaborado pelo Observatório Brasil da Igualdade de Gênero. Para mais informações, escreva para