A rede será composta por 45 órgãos, que vão apresentar ações e propostas para combater a violência na região
![MMulheres compõem Rede de Enfrentamento à Violência contra mulheres e crianças em terra Yanomami](https://www.gov.br/mulheres/pt-br/central-de-conteudos/noticias/2024/abril/mmulheres-compoem-rede-de-enfrentamento-a-violencia-contra-mulheres-e-criancas-em-terra-yanomami/mmulheres_funai_cred-sterqueriroz.jpeg/@@images/172ca236-63d3-41b7-b78f-82d5cd7d5dc4.jpeg)
Rede intersetorial vai promover políticas públicas com foco na prevenção e enfrentamento da violência contra meninas e mulheres da etnia Yanomami - Foto: Ster Queiroz
OMinistério das Mulheres participou da cerimônia de lançamento da Rede Intersetorial de Enfrentamento à Violência contra Mulheres e Crianças da Terra Indígena (TI) Yanomami, em Boa Vista, no estado de Roraima. Coordenado pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o evento ocorreu na última segunda-feira (8), na Casa de Governo, estrutura do Governo Federal criada para acompanhar o enfrentamento da crise humanitária do povo Yanomami.
Representando o Ministério das Mulheres no encontro, a secretária nacional substituta de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, Pagu Rodrigues, afirmou que a rede intersetorial surgiu como proposta articulada para que fossem discutidas políticas públicas integradas para a população Yanomami, com foco na prevenção e enfrentamento da violência contra meninas e mulheres da etnia. "Com a presença do garimpo no território, tem aumentado o número de casos de violência e também as denúncias", destacou.
A secretária substituta também explicou que, após o lançamento da rede de enfrentamento, os 45 órgãos convidados a compor o grupo vão apresentar ações e propostas de suas respectivas pastas, assim como previsão orçamentária, para combater a violência na região.
De acordo com a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, a implementação da Rede vai contar com a participação e colaboração de diversas instituições dos governos Federal, estaduais e municipais, mas também de organizações indígenas e indigenistas. “Além de propor soluções, a gente vai dividir responsabilidades. A gente precisa se aproximar dessa realidade para propor soluções juntos”, afirmou.
Ela destacou também o papel da Funai como orientadora da política indigenista dentro do governo. “Nos cabe mostrar aos demais órgãos que cada povo tem sua própria cultura e diversidade. Existe uma diferença entre as culturas Ye'kuana e Yanomami, por exemplo, relacionada às mulheres de Roraima e do Amazonas. Mas todas elas compartilham da mesma necessidade de se ter uma estratégia para enfrentar a violência física, moral, psicológica e tantas outras formas”, destacou.
A mesa de abertura do evento contou com representantes de organizações indígenas Hutukara, Sedume, Texoli, Parawame, Kurikama, Amik, Ibassali e Ayrca, da Casa de Governo da Casa Civil, Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Ministério das Mulheres, Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Secretaria do Trabalho e Bem-estar Social (Setrabes), Secretaria Estadual do Índio (RR) e Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami.