Quase lá: Simone Tebet assume ministério do Planejamento prometendo "dar visibilidade aos invisíveis"

Terceira colocada na corrida presidencial, ministra afirma que foi surpreendida com convite de Lula para o ministério

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) 
 
 

Cerimônia nesta quinta-feira (5) marcou a posse de Simone Tebet no ministério do Planejamento e Orçamento; ex-presidente José Sarney e vice-presidente Geraldo Alckmin compareceram à solenidade - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em mais uma cerimônia de posse ministerial concorrida, Simone Tebet (MDB) assumiu nesta quinta-feira (5) a pasta do Planejamento e Orçamento defendendo a inclusão de pessoas consideradas "invisíveis". Durante a cerimônia de posse, a ministra prometeu trabalhar por "uma nação soberana, justa e para todos". 

"A primeira infância, os jovens e idosos estarão no orçamento. As mulheres, os negros, os povos originários, estarão no orçamento. As pessoas com deficiência, a comunidade LGBTQIA+, estarão no orçamento. Os trabalhadores brasileiros estarão no orçamento. Passou da hora de dar visibilidade aos invisíveis", afirmou.

"Nosso plano de governo tem que abarcar todas essas necessidades. Sem causar desarranjo nas contas públicas, de olho na dívida pública, nos indicadores econômicos", complementou, citando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, presente à cerimônia.

:: Congresso: com suplentes de ministros, nomes conhecidos retornam e Senado fica mais 'feminino' ::

Tebet disse que foi surpreendida pelo convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a pasta. Ela afirmou que imaginava ser convidada para atuar em alguma área ligada à "pauta social e de costumes", na qual "tem sinergia" com o petista. 

A agora ministra confirmou que antes do Natal recebeu de Lula um envelope lacrado com o nome do ministério para o qual estava sendo convidada, e que o então presidente eleito pediu que ela não lesse o conteúdo até que passasse o período de festas. Depois, em novo encontro, abriu e leu a indicação para o Planejamento e Orçamento.

Tebet afirmou que reforçou, em conversa com o presidente, ter divergências em relação à agenda econômica petista. Porém, Lula afirmou que gostaria de ter pessoas diferentes trabalhando juntas e se somando.

:: Geraldo Alckmin teve três "mortes políticas" antes de assumir vice-presidência e ministério ::

"O Orçamento será transparente e factível, dentro de metas estabelecidas, com políticas públicas eficazes, avaliadas e monitoradas permanentemente", prometeu a ministra. "Queremos e vamos garantir a segurança jurídica, a segurança socioambiental e a previsibilidade, que vai atrair mais investimentos, emprego e renda".

A ministra disse, ainda, que sua equipe de trabalho "não terá medo" de dizer "o que está funcionando e o que não está funcionando". Ela afirma que haverá especial atenção para evitar o desperdício de obras paradas que não ofereçam retorno ao povo brasileiro.

:: Marina Silva assume Meio Ambiente, chama sociedade civil e promete fim das 'boiadas' ::

Convidada a discursar na abertura da cerimônia, a ministra da igualdade racial, Anielle Franco, afirmou que as políticas de orçamento e planejamento serão fundamentais para concretizar e amplificar políticas que potencializem a igualdade de raça, gênero e diversidade. 

"Já me coloquei à disposição da ministra [Tebet], e trabalharemos juntas em estratégias que ampliem a diversidade na composição dos ministérios, e seguiremos trabalhando para evidenciar os talentos que o Brasil do futuro produz todos os dias", destacou.

Edição: Vivian Virissimo

fonte: https://www.brasildefato.com.br/2023/01/05/simone-tebet-assume-ministerio-do-planejamento-prometendo-dar-visibilidade-aos-invisiveis

 


Matérias Publicadas por Data

Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Recomendamos a leitura

Sangue e lucros no Capitalismo de Plataformas

  • 25-09-2024 08:50:29
  • Hits 164

A revolução silenciosa

  • 21-09-2024 10:45:30
  • Hits 272

Assim suicidam-se as democracias

  • 20-09-2024 06:54:58
  • Hits 357

IA e cultura: por uma bioÉtica decolonial

  • 19-09-2024 15:33:22
  • Hits 368

Florestan Fernandes e a reforma agrária

  • 19-09-2024 08:24:41
  • Hits 300

Economistas que não se curvam aos dogmas

  • 17-09-2024 10:25:45
  • Hits 358

Mazzucato: a Era da Água Escassa chegou

  • 17-09-2024 10:19:25
  • Hits 299

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...