“O recado das urnas foi o de tirar Bolsonaro. Quase 60% votaram contra ele, primeiro presidente que, ao disputar a reeleição, chega em segundo lugar no primeiro turno”, observou a presidenta do PT

Divulgação

"Temos que comemorar esse resultado. Vamos ao segundo turno animados, como no primeiro" (foto: Divulgação)

 

Em entrevista à GloboNews na noite de segunda-feira (3), a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o partido, a Coligação Brasil da Esperança e o presidente Lula estão animados para conquistar os votos que faltam para vencer as eleições.

“Não temos problema nenhum em disputar segundo turno, e vamos entrar com a mesma garra, a mesma firmeza, a mesma vontade, e queremos conversar com todo o Brasil”, disse Gleisi, que se reelegeu deputada federal pelo Paraná.

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Ela ressaltou que, no último domingo (2), os eleitores brasileiros deram uma importantíssima vitória a Lula e deixaram claro que querem mudar de presidente.

“O recado das urnas foi o de tirar Bolsonaro. Quase 60% votaram contra ele, e isso é um recado claro. Ele é o primeiro presidente que, ao disputar a reeleição, chega em segundo lugar no primeiro turno”, observou.

Lula fez mais de 6 milhões de votos a mais que Bolsonaro, lembrou Gleisi. “O povo brasileiro quer mudar de presidente, quer mudança, segundo esses dados.”

Uma vitória a ser comemorada

A presidenta do PT esclareceu que a campanha de Lula e Alckmin sempre trabalhou com a possibilidade de a disputa ir para o segundo turno, afinal as pesquisas mostravam que a chapa formada pelo ex-presidente e pelo ex-governador teria entre 48% e 52% dos votos válidos.

“Lula fez 48,4% dos votos válidos. Isso é muito importante. Faltou apenas 1,6 ponto percentual para que a gente ganhasse. Faltou pouco”, avaliou, completando que, dadas todas as circunstâncias, trata-se de uma vitória extraordinária.

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Afinal, esse resultado ocorreu mesmo depois de toda a perseguição sofrida por Lula e pelo uso abusivo da máquina pública por parte de Jair Bolsonaro.

“Nunca se usou tanto, na história do Brasil, a máquina pública como se usou nesta eleição. Bolsonaro mudou a Constituição, soltou auxílio emergencial, baixou o preço dos combustíveis quando podia ter feito antes, usou muito recurso do orçamento público e ainda tivemos essa situação do orçamento secreto, com distribuição de verba para municípios. Então, não foi fácil enfrentar o que nós enfrentamos. E teve de novo também as fake news”, elencou.

Por isso, para Gleisi, o resultado do primeiro turno é muito positivo. “Isso mostra a força que tem o presidente Lula diante do povo brasileiro. Temos que comemorar esse resultado. E vamos para o segundo turno animados, como estávamos no primeiro.”

Aumentar o diálogo

Além de entusiasmo e garra para vencer também no segundo turno e retomar a democracia para o Brasil, outra de palavra de ordem da campanha de Lula será diálogo, adiantou Gleisi.

“Queremos agora ampliar os apoios, é importante. Tivemos, nas candidaturas do Ciro, da Simone e da Soraya, cerca de 9 milhões de votos. Nós queremos buscar esses votos, queremos que esses votos venham para o presidente Lula”, contou.

Segundo Gleisi, as conversas já foram iniciadas com os partidos dos três candidatos – PDT, MDB e União Brasil. “Espero que a gente possa sentar e conversar, respeitando os processos de decisão desses partidos. E conversar com setores da sociedade que ainda restam a conversar”, disse.

 

fonte: https://pt.org.br/gleisi-vamos-ao-2o-turno-com-garra-e-queremos-conversar-com-todo-o-brasil/

 

Avermelhar as ruas sem medo de ser feliz

Ana Elizabete Mota*, de Recife, PE

Emilly Firmino / @caaajuina

Manifestação em São Paulo, com Lula e Haddad, na véspera do primeiro turno

 

Os resultados do primeiro turno das eleições para presidente produziram uma espécie de ressaca emocional naqueles e naquelas que esperavam eleger Lula de primeira. Ganhamos, mas não levamos. Já circulam algumas análises e avaliações que nos ajudam a traçar rumos táticos e estratégicos para a etapa que se iniciou dia 3 de outubro, como o fizeram os colunistas do EOL, Marcelo Badaró e Felipe Demier, ontem e hoje. Todavia, o proposito deste texto de ocasião é enriquecer nossas estratégias militantes, destacando a necessidade de superar a tática do “retrovisor” como mecanismo de enfrentamento ao candidato Jair Bolsonaro no segundo turno. Se a comparação entre um e outro governo teve sua importância no primeiro turno, a nova etapa da eleição requer novas metodologias, pedagogias e táticas para darem força argumentativa e política à militância. Isso não elide a busca de alianças e articulações institucionais e partidárias para enfrentar Bolsonaro e seu séquito, mas elas trazem mais dificuldades que aportes políticos para qualificar as diferenças e antagonismos entre os dois candidatos. Lula dispõe do programa da Frente, uma programática cujos pontos chaves são a revogação da EC 95, a revisão da reforma trabalhista, da reforma política, tributária, ambiental e outras mais no campo das políticas urbanas, de Assistência Social, Saúde e Previdência, para destacar os principais. Não restam dúvidas sobre o peso da cultura e ideologias bolsonaristas que certamente não serão abatidas com a eleição, mas estarão na mira da formação e construção de sociabilidades libertárias e emancipadoras por parte da esquerda democrática. Sabe-se que o imediatismo das necessidades de sobrevivência das classes que vivenciam a pauperização é permeável ao oportunismo político das ideias das classes dominantes que tentam tornar subjetiva a objetividade requerida pelo projeto neofacista do atual presidente e seus cupinchas. 

Contudo, aprendemos com a tradição crítico-dialética e materialista que enquanto o velho não morrer, o novo não poderá radicalmente nascer… e para isso, precisamos dizer o que se pretende no futuro imediato, prenhe de potencialidades para deslanchar novos tempos no Brasil. Obviamente, além da programática da Frente Democrática, Lula pode incorporar novas propostas dos partidos que o apoiarem nessa etapa, desde que tenham unidade com o seu programa… mas, diferentemente do que fez nos últimos debates e agora contando com mais tempo de TV, precisa explicitar esse programa (coisa que sabe fazer com maestria, sem freio de mão), traduzindo em medidas e ações efetivas, claras e compreensíveis, as iniciativas e ações para seu governo, sem deixar-se pautar pela truculência dos ataques do adversário. Bolsonaro precisa ser colocado num canto de cerca como se diz no Nordeste!

Note-se, por exemplo, a questão da pobreza que esteve em todos os discursos dos candidatos – mais como substantivo, do que como fenômeno real, determinado pelas relações capitalistas de produção. No entanto, Lula não conseguiu sair do mais do mesmo, ainda que tenha todas as condições de fazê-lo, restringiu-se, por vezes, a dizer o que fez há mais de 10 anos, quando muitos dos seus eleitores eram praticamente crianças.

Enfrentar a pobreza absoluta em todas as suas dimensões, em particular a  fome, a falta de moradia, a doença, o abandono social, dentre outros, exige dizer que irá implementar a renda mínima, robustecer a política de Assistência Social, reverter a EC 95, a DRU, criar escolas integrais, transporte para os estudantes,  implementar novo programa de moradia social, priorizar a infraestrutura urbana, com dados, exemplos, constatações. A Renda Mínima por si só não supera a pobreza, mas é um mecanismo republicano, reformista e democrático para mediar o seu enfrentamento, num período de transição. Esperamos a defesa intransigente da renda mínima aliada a outros incentivos e meios materiais e infra estruturais que atendam necessidades da população pauperizada, tais como o fortalecimento dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), a rede socioassistencial, destacando em grandes linhas as fontes orçamentárias e expondo o horror do orçamento aprovado para 2023. É preciso dizer à população que mais de 300 mil processos dormem no INSS, que segurados e usuários estão na fila das perícias, doentes não recebem os seus auxílios previdenciários, idosos se arrastam para provar que estão vivos. 

Da mesma forma que devemos avermelhar as ruas, sem medo de ser feliz, no segundo turno, as acusações morais e mentirosas de Bolsonaro devem virar memes porque importa enfrentá-lo com novas e renovadas programáticas. Criar espaços onde a firmeza dos princípios robusteça estratégias concretas e viáveis é velha lição gramsciana.

Enfrentar a fome – um propósito da Frente, abraçada ferozmente por Lula, requer qualificação e implica discorrer sobre a política de segurança alimentar que foi destruída e que tem orgânica vinculação com o aumento do salário mínimo, da renda, ademais do incentivo a agricultura familiar, a medidas de desoneração da cesta básica, além de incentivos federais aos restaurantes populares, a merenda escolar, ao consumo de proteínas e a defesa de uma alimentação saudável para encarar a obesidade como um problema de saúde pública. 

E mais, é importante um vigoroso trato das violências urbana, miliciana, contra populações da periferia, idosos, crianças, mulheres, negros e negras, população  LGBTQIA+ que ora são questão de segurança pública, ora significam distopia da família margarina, ora são consideradas como anomias sociais a serem curadas com o arsenal neofacistas de ação: o do uso de armas, a desqualificação social, o combate moralista e ultraconservador; enquanto que no programa da Frente que sustenta a candidatura de Lula, elas  são objeto de políticas que se propõem a abraçar as novas e reais questões que presentes na sociedade brasileira.  

Sem apresentar essas e muitas outras propostas, o que, de fato, a militância tem para mostrar à população? Se olhar pelo retrovisor é uma recorrência à memória da vida social brasileira, a visão pelo para-brisa é a do futuro que clama por presentificar-se nessa conjuntura de desmonte, mercantilização da vida, truculência e ignorância.

* Professora Titular aposentada do Departamento de Serviço Social da UFPE. Docente permanente do Programa de Pós-graduação em Serviço Social da UFPE. 

 

fonte: https://esquerdaonline.com.br/2022/10/04/avermelhar-as-ruas-sem-medo-de-ser-feliz/

 

Nas ruas do Brasil: saiba por onde Lula vai passar no fim de semana

Lula tem encontro marcado com brasileiros e brasileiras em São Paulo e Minas Gerais. Agenda tem início nesta sexta-feira (7) em Guarulhos, pela manhã. Confira

Ricardo Stuckert

Lula pelo Brasil: saiba por onde o ex-presidente vai passar neste fim de semana

O ex-presidente Lula tem encontro marcado neste fim de semana com brasileiros e brasileiras em dois estados do país. A agenda será cumprida em São Paulo e Minas Gerais.

Nesta sexta-feira, 7, Lula participa de uma caminhada com Alckmin e Haddad em Guarulhos, às 10h. À tarde, terá uma reunião com a senadora Simone Tebet, às 16h.

No sábado, 8, Lula estará em outra caminhada com Alckmin e Haddad, em Campinas, no Largo do Pará, às 10h.

E domingo, 9, a caminhada será em em Belo Horizonte (MG).

Leia mais: “Eleição se ganha na rua”: Ocupar praças e avenidas para garantir a vitória em 30/10

Confira abaixo os locais e horários:

GUARULHOS

Caminhada com Lula, Alckmin e Haddad em Guarulhos, nesta sexta, 7

Data: 7 de outubro

Hora: 10h

Local: em frente à Catedral Diocesana Nossa Senhora da Conceição, Guarulhos (SP)

Reunião com Simone Tebet, nesta sexta, 7

Data: 7 de outubro

Hora: 16h

Local: Hotel Intercontinental, Alameda Santos, 1123, São Paulo (SP)

CAMPINAS

Caminhada com Lula, Alckmin e Haddad em Campinas, neste sábado, 8

Data: 8 de outubro

Hora: 10h

Local: Largo do Pará, Campinas (SP)

BELO HORIZONTE

Caminhada com Lula e Alckmin em Belo Horizonte, domingo, 9

Data: 9 de outubro

Hora: 11h

Local: Praça da Liberdade, Belo Horizonte (MG)

Acampamentos, bandeiraços e caminhadas

A militância aguerrida do PT e dos demais partidos que compõem a Frente Brasil da Esperança a partir de agora tem a missão de agitar as ruas das capitais e das principais cidades brasileiras e buscar o voto em Lula/Alckmin com criatividade e persistência. Somente com o povo nas ruas, no corpo a corpo, olho no olho, e com muita manifestação popular pacífica se concretizará a vitória em 30 de outubro.

Acampar nas praças centrais de todas as capitais do país, com tendas e barracas, levando as mensagens e propostas da chapa Lula/Alckmin, com a participação de militantes, lideranças partidárias e parlamentares eleitos em 1º de outubro, para fortalecer a campanha de rua; 

Promover bandeiraços nas principais avenidas e pontos urbanos estratégicos das capitais e principais cidades do país;

Realizar caminhadas diárias nos bairros populares e nas periferias e dialogar com as comunidades

Os Comitês Populares Lula Presidente devem intensificar diariamente as atividades de rua e de mobilização em todas as regiões do Brasil que já vêm ocorrendo como o Sextou com Lula e as ações políticas dos finais de semana.

Leia também: 13 motivos para Lula voltar a ser presidente do Brasil

fonte: https://pt.org.br/lula-pelo-brasil-saiba-por-onde-o-ex-presidente-vai-passar-no-fim-de-semana/

 


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