Janja terá gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto, mas não será "puxadinho". Ela também não quer que seu gabinete seja chamado de "gabinete da primeira-dama".

 

Por Guilherme Balza - G1


Janja e Lula durante posse neste domingo (1º) — Foto: Ricardo Stuckert

O gabinete da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, ficará bem perto do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no terceiro andar do Palácio do Planalto, mas não será um "puxadinho" do gabinete presidencial.

Janja também não quer que seu gabinete seja chamado de "gabinete da primeira-dama" por acreditar que essa nomenclatura passa uma ideia de que será um órgão assistencialista.

A ideia é utilizar o gabinete para aproximar o presidente da pauta feminista e do setor cultural, áreas com as quais Lula tem menos familiaridade. O gabinete terá mais uma função militante do que filantrópica.

 

Janja também se dedicará ao tema da segurança alimentar. A proposta é trabalhar esses temas de forma transversal, com políticas públicas que perpassem vários ministérios.

A função tem alguma similaridade com a Secretaria-Geral da Presidência, ocupada por Márcio Macedo, que tem status de ministério e funciona como a interface do governo com movimentos sociais e a sociedade civil.

Janja não deverá ter um cargo remunerado. Até agora, duas assessoras foram chamadas para integrar o gabinete: a jornalista Cris Charão, que fez parte da equipe de comunicação de Lula na campanha e será assessora de imprensa; e a também jornalista Neudi Neres, que já vinha atuando como assessora pessoal da primeira-dama.

Neudi é militante do MAB (Movimento dos Atingidos pelas Barragens) e se tornou amiga de Janja no acampamento montado ao lado da superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

As duas terão um cargo de assessoria vinculado ao gabinete do Presidente da República. Janja está procurando outros assessores para fechar a equipe. O grupo deve incluir ativistas feministas e do setor cultural.

Janja e as assessoras já visitaram o gabinete e devem começar a despachar do local em breve, assim que for concluída a varredura da Polícia Federal no Palácio do Planalto.

 

A prioridade, no entanto, é reorganizar o gabinete de Lula com o layout original, já que, segundo fontes do PT, Jair Bolsonaro mudou complemente a disposição dos móveis.

LEIA TAMBÉM


Receba Notícias

Cfemea Perfil Parlamentar

logo ulf4

Aborto Legal

aborto legal capa

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Cfemea Perfil Parlamentar

logo ulf4

Tecelãs do Cuidado - Cfemea 2021

Violência contra as mulheres em dados

Rita de Cássia Leal Fonseca dos Santos

Ministério do Planejamento
CLIQUE PARA RECEBER O LIVRO (PDF)

marcha das margaridas agosto 2023

Estudo: Elas que Lutam

CLIQUE PARA BAIXAR

ELAS QUE LUTAM - As mulheres e a sustentação da vida na pandemia é um estudo inicial
sobre as ações de solidariedade e cuidado lideradas pelas mulheres durante esta longa pandemia.

legalizar aborto

Artigos do Cfemea

Mulheres do Distrito Federal se preparam para receber a Marcha das Margaridas. Cfemea presente!

Dezenas de ativistas do Distrito Federal se reuniram em Plenária para debater e construir a Marcha das Margaridas. A marcha já é um dos maiores eventos feministas antirracistas do Brasil.

Congresso: feministas mapeiam o conservadorismo

Pesquisa aponta: só mobilização pode superar conservadorismo do Congresso. Lá, 40% alinham-se ao “panico moral”; 57% evitam discutir aborto; 20% são contra atendimento às vítimas e apenas um em cada cinco defende valores progressistas

Eleições: O “feminismo” de fundamentalistas e oligarcas

Candidaturas femininas crescem no país, até em partidos conservadores. Se o atributo de gênero perde marcas pejorativas, desponta a tentativa de passar ao eleitorado uma receita morna de “defesa das mulheres” – bem ao gosto do patriarcado

A pandemia, o cuidado, o que foi e o que será

Os afetos e o cuidar de si e dos outros não são lugar de submissão das mulheres, mas chave para novas lutas e processos emancipatórios. Diante do horror bolsonarista, sangue frio e coração quente são essenciais para enfrentar incertezas, ...

Como foi viver uma Campanha Eleitoral

ataques internet ilustracao stephanie polloNessa fase de campanha eleitoral, vale a pena ler de novo o artigo que Iáris Cortês escreveu uns anos atrás sobre nossa participação em um processo eleitoral

Dezesseis anos da Lei 11.340, de 07/08/2006, Lei Maria da Penha adolescente relembrando sua gestação, parto e criação

violencia contra mulherNossa Lei Maria da Penha, está no auge de sua adolescência e, se hoje é capaz de decidir muitas coisas sobre si mesma, não deve nunca esquecer o esforço de suas antepassadas para que chegasse a este marco.

Como o voto feminino pode derrubar Bolsonaro

eleicoes feminismo ilustracao Thiago Fagundes Agencia CamaraPesquisas mostram: maioria das mulheres rechaça a masculinidade agressiva do presidente. Já não o veem como antissistema. Querem respostas concretas para a crise. Saúde e avanço da fome são suas principais preocupações. Serão decisivas em outubro. (Ilustração ...

Direito ao aborto: “A mulher não é um hospedeiro”

feministas foto jornal da uspNa contramão da América do Sul, onde as mulheres avançam no direito ao próprio corpo, sociedade brasileira parece paralisada. Enquanto isso, proliferam projetos retrógrados no Congresso e ações criminosas do governo federal

As mulheres negras diante das violências do patriarcado

mulheres negras1Elas concentram as tarefas de cuidados e são as principais vítimas de agressões e feminicídios. Seus filhos morrem de violência policial. Mas, através do feminismo, apostam: organizando podemos desorganizar a ordem vigente

Balanço da ação feminista em tempos de pandemia

feminismo2Ativistas relatam: pandemia exigiu reorganização política. Mas, apesar do isolamento, redes solidárias foram construídas – e o autocuidado tornou-se essencial. Agora, novo embate: defender o direito das mulheres nas eleições de 2022

nosso voto2

...