Quase lá: Manifestações populares em defesa da democracia se espalharam pelo país

 Atos públicos foram convocados por partidos, sindicatos e movimentos democráticos em todo o país. A mobilização social é fundamental para que a sociedade demonstre a indignação com a violência golpista e dê sustentação política às mudanças que precisam ser operadas nos aparatos policiais e nas Forças Armadas, nitidamente comprometidas e cooptadas pelo golpismo de extrema-direita

 

Pernambuco. Democratas vão às ruas contra a tentativa de golpe de Estado

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À noite, multidão em passeata com bandeiras vermelhas e do Brasil carrega um cartaz onde se lê “Sem anistia para golpistas de Brasília!”

Foi necessário vencer a exaustão da meses da campanha eleitoral mais tensa da história e anos no esforço contra um governo que se aliou ao vírus que matou quase 800 mil. A tentativa de golpe de Estado por milhares de terroristas de extrema-direita levou torcidas organizadas a deixarem a rivalidade de lado mais uma vez, a profissionais liberais interromperem as férias, estudantes saíram de casa, militantes a tirarem as surradas camisas vermelhas do guarda-roupas e fiéis de várias religiões a juntarem seus cânticos e rezas aos gritos por democracia.

No Recife e em dezenas de cidades, o povo voltou às ruas. Desta vez, a mobilização de centrais sindicais, movimentos sociais e organizações da sociedade civis não foi motivada por uma ameaça abstrata nem pela concretude de prédios invadidos, vidraças estilhaçadas, obras de arte destruídas e estátuas depredadas.

Quem chegava dizia estar ali porque era necessário fazer algo em defesa da vida e da paz. Os atos terroristas do domingo, 8 de janeiro, em Brasília, demonstraram que extremistas de direita estão dispostos contra as instituições e as vidas de quem pensa ou age diferente.

Talvez, por isso, a quantidade de pessoas que foram até a praça do Derby, numa tarde de segunda-feira do mês mais modorrento do ano, surpreendeu até os coordenadores das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, da Coalizão Negra por Direitos e da Convergência Negra.

O jovem Luan Silva, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, resumiu assim o motivo de estar no Derby por serem inaceitáveis as atrocidades que os fascistas cometeram. “A democracia brasileira foi construída com várias mãos que tombaram em defesa dela. Por isso, precisamos dar essa resposta”.

Do Derby, a multidão seguiu pelo tradicional corredor da avenida Conde da Boa Vista até a ponte Duarte Coelho, onde fez uma curva à esquerda rumo ao monumento Tortura Nunca Mais. O encerramento da passeata não poderia ter um local mais simbólico.

Antes do Hino Nacional, que fechou a manifestação, o diretor da Central Única dos Trabalhadores, Paulo Rocha, disse emocionado: “Somos os verdadeiros patriotas”.


No Derby, multidão começa a se formar em torno da bandeira do Brasil. Crédito: Arnaldo Sete/MZ Conteúdo

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fonte: https://marcozero.org/democratas-vao-as-ruas-contra-a-tentativa-de-golpe-de-estado/

 

Distrito Federal. Manifestantes pedem impeachment de Ibaneis após vandalismo em Brasília

Após cenas de terrorismo no Palácio do Planalto, STF e Congresso Federal, grupo protesta em frente ao Palácio do Buriti ao cobrar impeachment do governador Ibaneis Rocha
Pedro Marra - Correio Braziliense
postado em 09/01/2023 18:47 / atualizado em 09/01/2023 22:16
Protesto pelo impeachment de Ibaneis Rocha em frente ao Palácio do Buriti. -  (crédito: Minervino Júnior)
Protesto pelo impeachment de Ibaneis Rocha em frente ao Palácio do Buriti. - (crédito: Minervino Júnior)

 

Após o vandalismo cometido por bolsonaristas extremistas nos monumentos da Praça dos Três Poderes, um grupo de manifestantes realiza um protesto, na tarde desta segunda-feira (9/1), em frente ao Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal (GDF). Ao som de tambores, bandeiras de frentes populares e gritos de "Fora, Ibaneis e a Celina", os manifestantes se concentram na praça dem frente ao centro administrativo. Organizadores estimam aproximadamente 500 pessoas no ato. 

fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/01/5064915-manifestantes-pedem-impeachment-de-ibaneis-apos-vandalismo-em-brasilia.html

Por Carlos de Lannoy, RJ2 - G1


Ato em defesa da democracia no Centro do Rio — Foto: Luiz Carlos Lima/Arquivo pessoal

Ato em defesa da democracia no Centro do Rio — Foto: Luiz Carlos Lima/Arquivo pessoal

 

Manifestantes fizeram um ato nesta segunda-feira (9), na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, contra atos terroristas em Brasília, no domingo (8).

Aos gritos de "sem anistia" – para os presos nos ataques –, representantes de frentes sindicais, parlamentares, sindicatos e opositores ao governo Jair Bolsonaro enfrentaram a chuva – com capas e guarda-chuvas – para o protesto em frente à Câmara de Vereadores. A cidade está em estágio de mobilização desde às 16h devido a previsão do tempo.

O Hino Nacional foi tocado em alguns momentos, e os manifestantes também pediram punição a Bolsonaro.

 

Policiais do 5º BPM (Praça da Harmonia) acompanharam a manifestação, que provocar lentidão do trânsito no entorno. Segundo o comando da unidade, não houve registro de qualquer tipo de ocorrência envolvendo a corporação.

Cariocas fazem ato na Cinelândia contra ataques terroristas em Brasília — Foto: Juliano Costa/Arquivo pessoal

Faixa em manifestação na Cinelândia nesta segunda-feira (9) — Foto: Isadora Camargo/Arquivo pessoal

 

Manifestantes se reúnem em frente à Câmara Municipal nesta segunda-feira (9) — Foto: Pamela Nicolau/Arquivo pessoal

Manifestantes sob chuva na Cinelândia — Foto: Reprodução/Redes sociais

 

Manifestantes fazem ato na Cinelândia nesta segunda-feira (9) — Foto: Feteerj

"Sem anistia": Manifestação pela democracia e contra atos terroristas reúne milhares em SP

Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos organizaram o ato
Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
 

Ouça o áudio:Download

Na paulista tomada, milhares de pessoas marcharam em defesa da democracia - Gabriela Moncau

Ainda não eram 18h nesta segunda-feira (9), horário marcado para o ato, e a Avenida Paulista já estava tomada por milhares de manifestantes em defesa da democracia. Convocado pelas frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e pela Coalizão Negra por Direitos, o protesto em São Paulo se juntou a dezenas de outros organizados pelo Brasil em reação ao ataque golpista de bolsonaristas aos três Poderes em Brasília, no último domingo (8). 

A palavra de ordem que mais se ouviu foi "sem anistia". A demanda estava voltada em especial à responsabilização do ex-presidente Bolsonaro pelos crimes cometidos durante seu mandato. Mandato este cujos últimos dois dias ele já passou nos Estados Unidos, onde permanece desde que não tem mais foro privilegiado.

A reivindicação, já expressa com força pela multidão que compareceu à posse do presidente Lula, ganha agora novos contornos, com a exigência de que sejam responsabilizados os participantes do intento golpista e, principalmente, seus financiadores, impulsionadores e as autoridades estatais coniventes. Entre elas, o governador do Distrito Federal afastado pelo STF, Ibaneis Rocha (MDB), e seu secretário de segurança exonerado, Anderson Torres. 


Projeção no MASP repete a palavra de ordem "sem anistia", onipresente na manifestação / Gabriela Moncau

"Ja derrubamos Bolsonaro nas urnas, vamos derrubar o bolsonarismo nas ruas", afirmou integrante da Uneafro no microfone. No carro de som em frente ao MASP, enfeitado, entre outras, com uma grande bandeira do dr. Sócrates Brasileiro, parlamentares como Eduardo Suplicy (PT), Guilherme Boulos (PSOL) e Carolina Iara (PSOL) e ativistas de movimentos como MST, MTST, MNU e Unegro se alternaram em falas rechaçando a tentativa de golpe e reafirmando a legitimidade da decisão das urnas que elegeu o novo governo petista.

Por volta das 20h, as cerca de 60 mil pessoas começaram a caminhar em direção ao centro da cidade, acompanhadas de projeções nos prédios com dizeres como "sem anistia" e "recua fascista". Com sinalizadores e bandeiras, as torcidas organizadas dos quatro grandes times de futebol do estado - Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos - marcaram presença no protesto. 

Bolsonarista com arma

A frente do ato já havia chegado ao seu ponto final, na praça Roosevelt, quando perto das 21h, um bolsonarista entrou no meio dos manifestantes que ainda desciam a rua Augusta, com uma arma na mão, e foi rendido por um grupo antifascista. "O que te inspira a estar aqui?", pergunta um manifestante em um vídeo que mostra Marco Akira Fujimoto já imobilizado. "Vim matar vocês", responde.

O homem foi detido pela Polícia Militar, segundo a qual a arma era de ar comprimido e foi comprada pelo Mercado Livre por R$1500. Em depoimento, Fujimoto teria dito que toma remédios controlados. 

Reocupar as ruas

"Os democratas têm que sair para a rua. Não tínhamos quase 500 mil pessoas em Brasília naquela festa linda? Agora a gente sai da rua, deixa esses lunáticos tomarem conta das ruas dizendo que eles são o povo? É importantíssimo a gente voltar a estar nas ruas", afirmou Chico Malfitani, um dos fundadores da Gaviões da Fiel.

"Como a gente abriu a estrada com uma facilidade tremenda? Foi só aparecer e eles fugiram. Deixaram as faixas, deixaram tudo. Mesma coisa na marginal, deixaram até moto com a chave", disse, em alusão à atuação da Gaviões da Fiel para desobstruir rodovias que foram bloqueadas por bolsonaristas depois do resultado da eleição presidencial.

Nani Sacramento, da direção nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), afirmou que "a manifestação está dando um contraponto para o acontecido estúpido de ontem em Brasília, contra a nossa democracia". "Foi um ato ilícito, criminoso na verdade, nazista. A força popular não é isso".

"A gente veio mostrar para eles, primeiro, que aquele lugar não é só deles, é nosso. Nós somos a maioria e essa maioria falou nas urnas no dia 30 de outubro que Luiz Inácio Lula da Silva ia tirar o Brasil da escuridão, ia tirar o Brasil do buraco em que Bolsonaro jogou", disse. "Democracia não é aquilo de ontem. Democracia é o que vocês vão ver hoje", completou a ativista.

Edição: Thalita Pires

fonte: https://www.brasildefato.com.br/2023/01/09/sem-anistia-manifestacao-pela-democracia-e-contra-atos-terroristas-reune-milhares-em-sp

 

 

 
 
 
 
 

Nota divulgada ontem (08) exige investigação e responsabilização dos participantes, organizadores e financiadores das ações anti-democráticas

Foto: Gabriela Biló/Folha de S. Paulo

No mesmo dia em que terroristas invadiram e destruíram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília-DF, a Coalizão em Defesa da Democracia publicou nota em que manifesta este ser um dos dias mais tristes da história da democracia no país. No texto, aponta a conivência do governo do Distrito Federal com os atos criminosos e exige ampla investigação dos envolvidos, em todas as esferas. 

Leia a nota:


Há apenas 7 dias o Presidente Lula e seu Vice, Geraldo Alckmin, eleitos e diplomados, assumiram perante o Congresso Nacional e o povo, seus mandatos. Hoje, 08 de janeiro, uma manifestação golpista, convocada por partidários do ex-presidente Bolsonaro, invadiu o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, destruindo as suas vidraças, móveis e obras de artes.

O ato foi um atentado terrorista contra a Democracia e as instituições públicas, e infelizmente teve a conivência do Governo do Distrito Federal, que não apenas não impediu a marcha de forte caráter fascista ao não usar a força pública para dispersar os invasores, como também assistiu inerte quando vandalizavam a praça dos três poderes da República.

O dia 08 de janeiro de 2023, é, seguramente, um dos dias mais tristes da história do Brasil em que a Democracia é atacada e ameaçada por terroristas em plena luz do dia. Em face deste grave quadro, exige-se a imediata investigação com rigor da lei, de cada um dos participantes desses atos criminosos, de seus organizadores e de seus financiadores, para posterior responsabilização. Também se faz urgente e necessário a apuração da omissão dos agentes públicos que não cumpriram com suas funções de garantia da segurança de pessoas e do patrimônio público.

Atenta à consolidação do Estado Democrático de Direito, a Coalizão em Defesa da Democracia apoia a intervenção federal na Segurança do Distrito Federal e todos os atos do presidente Lula contidos no decreto do dia 08 de janeiro de 2023. Acrescentamos também que é preciso investigar o Governador Ibaneis Rocha pela omissão na defesa da ordem pública e da democracia, que permitiram os perigosos atos de depredação do patrimônio público.

A Coalizão em Defesa da Democracia se encontra em mobilização permanente em apoio ao Governo Federal, se solidariza com os poderes da República e as medidas anunciadas pelo Presidente Lula em pronunciamento.

Brasília, 08 de janeiro de 2023.

COALIZÃO EM DEFESA DA DEMOCRACIA

fonte: https://www.cptnacional.org.br/publicacoes/noticias/acoes-dos-movimentos/6275-coalizao-em-defesa-da-democracia-condena-atos-terroristas-em-brasilia

 


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