Atos públicos foram convocados por partidos, sindicatos e movimentos democráticos em todo o país. A mobilização social é fundamental para que a sociedade demonstre a indignação com a violência golpista e dê sustentação política às mudanças que precisam ser operadas nos aparatos policiais e nas Forças Armadas, nitidamente comprometidas e cooptadas pelo golpismo de extrema-direita
Pernambuco. Democratas vão às ruas contra a tentativa de golpe de Estado
Marco Zero Conteúdo, em 09/01/2023, 20:21.
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No Derby, multidão começa a se formar em torno da bandeira do Brasil. Crédito: Arnaldo Sete/MZ Conteúdo
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fonte: https://marcozero.org/democratas-vao-as-ruas-contra-a-tentativa-de-golpe-de-estado/
Distrito Federal. Manifestantes pedem impeachment de Ibaneis após vandalismo em Brasília
Após cenas de terrorismo no Palácio do Planalto, STF e Congresso Federal, grupo protesta em frente ao Palácio do Buriti ao cobrar impeachment do governador Ibaneis Rocha
Após o vandalismo cometido por bolsonaristas extremistas nos monumentos da Praça dos Três Poderes, um grupo de manifestantes realiza um protesto, na tarde desta segunda-feira (9/1), em frente ao Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal (GDF). Ao som de tambores, bandeiras de frentes populares e gritos de "Fora, Ibaneis e a Celina", os manifestantes se concentram na praça dem frente ao centro administrativo. Organizadores estimam aproximadamente 500 pessoas no ato.
Cariocas protestam contra atos terroristas em Brasília com gritos de 'sem anistia'
Sob chuva, parlamentares, sindicatos e opositores ao governo Bolsonaro usaram guarda-chuvas para permanecer em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândia.
Por Carlos de Lannoy, RJ2 - G1
Ato em defesa da democracia no Centro do Rio — Foto: Luiz Carlos Lima/Arquivo pessoal
Manifestantes fizeram um ato nesta segunda-feira (9), na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, contra atos terroristas em Brasília, no domingo (8).
Aos gritos de "sem anistia" – para os presos nos ataques –, representantes de frentes sindicais, parlamentares, sindicatos e opositores ao governo Jair Bolsonaro enfrentaram a chuva – com capas e guarda-chuvas – para o protesto em frente à Câmara de Vereadores. A cidade está em estágio de mobilização desde às 16h devido a previsão do tempo.
O Hino Nacional foi tocado em alguns momentos, e os manifestantes também pediram punição a Bolsonaro.
Policiais do 5º BPM (Praça da Harmonia) acompanharam a manifestação, que provocar lentidão do trânsito no entorno. Segundo o comando da unidade, não houve registro de qualquer tipo de ocorrência envolvendo a corporação.
Cariocas fazem ato na Cinelândia contra ataques terroristas em Brasília — Foto: Juliano Costa/Arquivo pessoal
Faixa em manifestação na Cinelândia nesta segunda-feira (9) — Foto: Isadora Camargo/Arquivo pessoal
Manifestantes se reúnem em frente à Câmara Municipal nesta segunda-feira (9) — Foto: Pamela Nicolau/Arquivo pessoal
Manifestantes sob chuva na Cinelândia — Foto: Reprodução/Redes sociais
Manifestantes fazem ato na Cinelândia nesta segunda-feira (9) — Foto: Feteerj
"Sem anistia": Manifestação pela democracia e contra atos terroristas reúne milhares em SP
Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos organizaram o ato
Ainda não eram 18h nesta segunda-feira (9), horário marcado para o ato, e a Avenida Paulista já estava tomada por milhares de manifestantes em defesa da democracia. Convocado pelas frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e pela Coalizão Negra por Direitos, o protesto em São Paulo se juntou a dezenas de outros organizados pelo Brasil em reação ao ataque golpista de bolsonaristas aos três Poderes em Brasília, no último domingo (8).
A palavra de ordem que mais se ouviu foi "sem anistia". A demanda estava voltada em especial à responsabilização do ex-presidente Bolsonaro pelos crimes cometidos durante seu mandato. Mandato este cujos últimos dois dias ele já passou nos Estados Unidos, onde permanece desde que não tem mais foro privilegiado.
A reivindicação, já expressa com força pela multidão que compareceu à posse do presidente Lula, ganha agora novos contornos, com a exigência de que sejam responsabilizados os participantes do intento golpista e, principalmente, seus financiadores, impulsionadores e as autoridades estatais coniventes. Entre elas, o governador do Distrito Federal afastado pelo STF, Ibaneis Rocha (MDB), e seu secretário de segurança exonerado, Anderson Torres.
"Ja derrubamos Bolsonaro nas urnas, vamos derrubar o bolsonarismo nas ruas", afirmou integrante da Uneafro no microfone. No carro de som em frente ao MASP, enfeitado, entre outras, com uma grande bandeira do dr. Sócrates Brasileiro, parlamentares como Eduardo Suplicy (PT), Guilherme Boulos (PSOL) e Carolina Iara (PSOL) e ativistas de movimentos como MST, MTST, MNU e Unegro se alternaram em falas rechaçando a tentativa de golpe e reafirmando a legitimidade da decisão das urnas que elegeu o novo governo petista.
Por volta das 20h, as cerca de 60 mil pessoas começaram a caminhar em direção ao centro da cidade, acompanhadas de projeções nos prédios com dizeres como "sem anistia" e "recua fascista". Com sinalizadores e bandeiras, as torcidas organizadas dos quatro grandes times de futebol do estado - Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos - marcaram presença no protesto.
Bolsonarista com arma
A frente do ato já havia chegado ao seu ponto final, na praça Roosevelt, quando perto das 21h, um bolsonarista entrou no meio dos manifestantes que ainda desciam a rua Augusta, com uma arma na mão, e foi rendido por um grupo antifascista. "O que te inspira a estar aqui?", pergunta um manifestante em um vídeo que mostra Marco Akira Fujimoto já imobilizado. "Vim matar vocês", responde.
O homem foi detido pela Polícia Militar, segundo a qual a arma era de ar comprimido e foi comprada pelo Mercado Livre por R$1500. Em depoimento, Fujimoto teria dito que toma remédios controlados.
Reocupar as ruas
"Os democratas têm que sair para a rua. Não tínhamos quase 500 mil pessoas em Brasília naquela festa linda? Agora a gente sai da rua, deixa esses lunáticos tomarem conta das ruas dizendo que eles são o povo? É importantíssimo a gente voltar a estar nas ruas", afirmou Chico Malfitani, um dos fundadores da Gaviões da Fiel.
"Como a gente abriu a estrada com uma facilidade tremenda? Foi só aparecer e eles fugiram. Deixaram as faixas, deixaram tudo. Mesma coisa na marginal, deixaram até moto com a chave", disse, em alusão à atuação da Gaviões da Fiel para desobstruir rodovias que foram bloqueadas por bolsonaristas depois do resultado da eleição presidencial.
Nani Sacramento, da direção nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), afirmou que "a manifestação está dando um contraponto para o acontecido estúpido de ontem em Brasília, contra a nossa democracia". "Foi um ato ilícito, criminoso na verdade, nazista. A força popular não é isso".
"A gente veio mostrar para eles, primeiro, que aquele lugar não é só deles, é nosso. Nós somos a maioria e essa maioria falou nas urnas no dia 30 de outubro que Luiz Inácio Lula da Silva ia tirar o Brasil da escuridão, ia tirar o Brasil do buraco em que Bolsonaro jogou", disse. "Democracia não é aquilo de ontem. Democracia é o que vocês vão ver hoje", completou a ativista.
Edição: Thalita Pires
Coalizão em defesa da democracia condena atos terroristas em Brasília
Nota divulgada ontem (08) exige investigação e responsabilização dos participantes, organizadores e financiadores das ações anti-democráticas
Foto: Gabriela Biló/Folha de S. Paulo
No mesmo dia em que terroristas invadiram e destruíram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília-DF, a Coalizão em Defesa da Democracia publicou nota em que manifesta este ser um dos dias mais tristes da história da democracia no país. No texto, aponta a conivência do governo do Distrito Federal com os atos criminosos e exige ampla investigação dos envolvidos, em todas as esferas.
Leia a nota:
Há apenas 7 dias o Presidente Lula e seu Vice, Geraldo Alckmin, eleitos e diplomados, assumiram perante o Congresso Nacional e o povo, seus mandatos. Hoje, 08 de janeiro, uma manifestação golpista, convocada por partidários do ex-presidente Bolsonaro, invadiu o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, destruindo as suas vidraças, móveis e obras de artes.
O ato foi um atentado terrorista contra a Democracia e as instituições públicas, e infelizmente teve a conivência do Governo do Distrito Federal, que não apenas não impediu a marcha de forte caráter fascista ao não usar a força pública para dispersar os invasores, como também assistiu inerte quando vandalizavam a praça dos três poderes da República.
O dia 08 de janeiro de 2023, é, seguramente, um dos dias mais tristes da história do Brasil em que a Democracia é atacada e ameaçada por terroristas em plena luz do dia. Em face deste grave quadro, exige-se a imediata investigação com rigor da lei, de cada um dos participantes desses atos criminosos, de seus organizadores e de seus financiadores, para posterior responsabilização. Também se faz urgente e necessário a apuração da omissão dos agentes públicos que não cumpriram com suas funções de garantia da segurança de pessoas e do patrimônio público.
Atenta à consolidação do Estado Democrático de Direito, a Coalizão em Defesa da Democracia apoia a intervenção federal na Segurança do Distrito Federal e todos os atos do presidente Lula contidos no decreto do dia 08 de janeiro de 2023. Acrescentamos também que é preciso investigar o Governador Ibaneis Rocha pela omissão na defesa da ordem pública e da democracia, que permitiram os perigosos atos de depredação do patrimônio público.
A Coalizão em Defesa da Democracia se encontra em mobilização permanente em apoio ao Governo Federal, se solidariza com os poderes da República e as medidas anunciadas pelo Presidente Lula em pronunciamento.
Brasília, 08 de janeiro de 2023.
COALIZÃO EM DEFESA DA DEMOCRACIA