Mulheres de Fortaleza pedem por justiça no maior julgamento de violência policial do ano

Começa no dia 20 de junho o julgamento dos 34 policiais militares acusados de matar 11 pessoas na Chacina do Curió, ocorrida em 2015, na Grande Messejana, periferia de Fortaleza. Desde então, mães e familiares da vítimas lutam por justiça, articuladas com movimentos de mulheres de todo o país. Depois de sete anos e meio, elas estarão frente a frente com os executores de seus filhos, maridos, irmãos. Esse será o maior julgamento do ano no país e o que tem o maior número de militares no banco dos réus desde o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 2006, no Pará

SAIBA MAIS

Segundo as vereadoras, a reunião mostrou que a Polícia Federal já está bem ciente da situação, de todas as ameaças que as nossas vereadoras estão enfrentando

Divulgação

Na foto, da esquerda para a direita as vereadoras Carla Ayres (PT), a vereadora cassada, Maria Tereza Capra (PT), pivô da onda de ataques, a deputada estadual Luciane Carminatti (PT) e a vereadora Giovanna Mondardo (PCdoB). Foto: Divulgação

As vereadoras catarinenses vítimas de ameaças de morte pediram apoio à Superintendência da Polícia Federal. Em audiência articulada nesta semana pela deputada estadual Luciane Carminatti (PT) e o Movimento Humaniza SC, elas foram recebidas pela Superintendente, delegada Aletea Vega Marona Kunde.

“Foi uma reunião muito positiva, mostrou que a Polícia Federal já está bem ciente da situação, de todas as ameaças que as nossas vereadoras estão enfrentando. Após ouvir os relatos das vítimas, a superintendente nos assegurou que, dentro das atribuições da PF, o caso seguirá sendo acompanhado e medidas, tomadas, se necessárias”, relatou a deputada Luciane.

Pivô do episódio de violência política e de gênero que desencadeou a onda de ameaças, a vereadora Maria Tereza Capra (PT), que teve seu mandato cassado pela Câmara de São Miguel do Oeste (SC), destacou que a busca de apoio na esfera federal é amparada pela inclusão das vereadoras no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH) do Ministério dos Direitos Humanos. “Isso nos coloca na condição de contarmos com a PF dentro do estado”, explicou a vereadora cassada de São Miguel do Oeste.

A vereadora de Florianópolis, Carla Ayres (PT), justificou a necessidade do pedido de apoio à Polícia Federal. “Essas ameaças não são um fato isolado, embora neste caso pareça orquestrado. Ao longo dos nossos mandatos recebemos esse tipo de ataque de forma recorrente. Então, sim, é necessário.”

Ao sair da audiência, a vereadora de Criciúma, Giovanna Mondardo (PCdoB), disse sair mais tranquila. “Saber que a Polícia Federal, dentro das suas atribuições, está acompanhando o caso, também contribui para que não nos sintamos sozinhas nesse episódio que é crítico para Santa Catarina. Cinco vereadoras ameaçadas de morte e a crescente de células neonazistas no estado nos obriga a ficar alertas, mas saímos mais esperançosas”, concluiu.

A Polícia Civil de Santa Catarina segue investigando o caso.

Sobre o caso

E-mails com ameaças de morte começaram após as manifestações de solidariedade das colegas parlamentares a Maria Tereza, que teve seu mandato cassado na última sexta-feira (3) em São Miguel do Oeste.

As intimidações foram recebidas por cinco mulheres parlamentares de Santa Catarina: as vereadoras Maria Tereza Capra (PT), de São Miguel do Oeste, Carla Ayres (PT), de Florianópolis, Giovana Mondardo (PCdoB), de Criciúma, Ana Lucia Martins (PT), de Joinville e Marlina Oliveira, de Brusque.

Além das ameaças de morte, as vereadoras foram alvo de ataques racistas e homofóbicos, todos denunciados à Policia Civil. O processo é decorrente das manifestações da parlamentar contra supostos gestos nazistas praticados em eventos antidemocráticos no município, logo após as Eleições de outubro de 2022.

Da Assessoria de Comunicação do PT-SC, com Redação

 

fonte: https://pt.org.br/vereadoras-ameacadas-de-morte-em-sc-recorrem-a-policia-federal/

 


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