O livro A Radical Imaginação Política das Mulheres Negras Brasileiras, organizado por Ana Carolina Lourenço e Anielle Franco, é uma contribuição no processo de visibilização das respostas e soluções empreendidas pelas mulheres negras brasileiras frente ao atual contexto de crise social, política e econômica. Em um momento de agitação e angústias sem precedentes, estes textos são a chave para recuperar a ética na política.
Data: 30/03/2023, 17h - Senado Federal, no Saguão da Biblioteca
As mulheres negras podem ser as agentes de um verdadeiro processo de transformação e reconstrução da sociedade brasileira. As vozes aqui apresentadas rejeitam um modelo de Estado que se ocupe em apenas remediar problemas, ou um modelo de sociedade que abra mão de valorizar aquilo que é essencial para vida.
Capítulos do livro em destaque: As vozes das políticas negras / Ana Carolina Lourenço e Anielle Franco; Uma (breve) história da participação política de mulheres negras no Brasil republicano 1930 - 2020 / Gabrielle Oliveira de Abreu. Link do livro na íntegra: https://rosalux.org.br/wp-content/uploads/2021/06/aradicalimaginacaopolitica-2021.pdf
Ana Carolina Lourenço. Cofundadora do Movimento Mulheres Negras Decidem. Socióloga com mestrado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e intercâmbios em Cuba e França. Nos últimos anos, Ana Carolina, tem idealizado projetos, liderado redes e mobilizado recursos com foco em fortalecimento democrático, sustentabilidade e combate a desigualdade, em mais de 10 países da América latina e Caribe, em parceria com movimentos sociais, organizações, governos e organismos internacionais. Seus comentários e análises foram publicados e reproduzidos em diversos jornais, revistas acadêmicas e programas de televisão. Nesta linha, Em 2020, coordenou a pesquisa Mulheres Negras Decidem: Para Onde Vamos? - que foi adaptada em formato de série televisiva para o Canal Brasil. Este ano publicou o livro A Radical Imaginação Política das Mulheres Negras Brasileiras.
Christiane Gomes. Coordenadora de projetos da Fundação Rosa Luxemburgo Brasil. Jornalista e dançarina. Mestra em Comunicação e Cultura pela Universidade de São Paulo, tem experiência em trabalhos com movimentos sociais, organizações da sociedade civil e coletivos artísticos. Atualmente é coordenadora de projetos da Fundação Rosa Luxemburgo, onde atua junto à movimentos de mulheres negras, de feminismos negros e populares (no Brasil e América Latina) e com organizações do movimento negro, além de coordenar a produção de publicações sobre a ação de mulheres negras no Brasil. Como consultora, integrou em 2021 e 2022 o Portal Project, projeto da Universidade de Illinois (EUA) ao lado de nomes como Angela Davis e Naomi Klein. É integrante da coordenação do naipe da dança e geral do grupo Ilú Obá de Min (na qual é dançarina há 15 anos) e pesquisa a movimentação corporal africana e afro-brasileira.
Nessa fase de campanha eleitoral, vale a pena ler de novo o artigo que Iáris Cortês escreveu uns anos atrás sobre nossa participação em um processo eleitoral
Nossa Lei Maria da Penha, está no auge de sua adolescência e, se hoje é capaz de decidir muitas coisas sobre si mesma, não deve nunca esquecer o esforço de suas antepassadas para que chegasse a este marco.
Pesquisas mostram: maioria das mulheres rechaça a masculinidade agressiva do presidente. Já não o veem como antissistema. Querem respostas concretas para a crise. Saúde e avanço da fome são suas principais preocupações. Serão decisivas em outubro. (Ilustração ...
Na contramão da América do Sul, onde as mulheres avançam no direito ao próprio corpo, sociedade brasileira parece paralisada. Enquanto isso, proliferam projetos retrógrados no Congresso e ações criminosas do governo federal
Elas concentram as tarefas de cuidados e são as principais vítimas de agressões e feminicídios. Seus filhos morrem de violência policial. Mas, através do feminismo, apostam: organizando podemos desorganizar a ordem vigente
Ativistas relatam: pandemia exigiu reorganização política. Mas, apesar do isolamento, redes solidárias foram construídas – e o autocuidado tornou-se essencial. Agora, novo embate: defender o direito das mulheres nas eleições de 2022