Ilana Trombka, diretora-geral do Senado Federal desde 2015 e servidora pública há 25 anos, comentou sobre os desafios para restaurar obras danificadas

Raphael Pati*
postado em 01/05/2023 16:14 / CORREIO BRAZILIENSE
 
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
 

Em entrevista ao CB.Poder - programa do Correio em parceria com a TV Brasília - a diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka, comentou sobre a sensação de retornar à casa onde trabalha como servidora pública há mais de duas décadas após a destruição causada por manifestantes violentos em 8 de janeiro deste ano. Segundo ela, havia uma sensação de ‘urgência e trabalho’ para restaurar o Congresso.

“Eu retornei de férias no próprio dia 8 de janeiro. Quando cheguei lá, a única coisa que eu pensava era: ‘Como é que a gente faz para botar tudo isso aqui de pé de novo?’. Era uma sensação de urgência e de trabalho, porque era de uma agressividade tão grande, que eu não queria nem que meus colegas tivessem que ver aquilo”, conta a diretora-geral.

Nesta semana, o Senado Federal comemora os 200 anos da formação da primeira Assembleia Nacional Constituinte, na qual resultou no projeto que ficou conhecido como ‘Constituição da Mandioca’, por ser interrompida pelo então imperador do Brasil, D. Pedro I, que, um ano depois, elaborou a primeira Carta Magna do país, outorgada em março de 1824.

Para comemorar a data, a casa prepara uma série de eventos e sessões durante esta semana. Entre elas, está prevista a publicação da obra de quatro volumes ‘As Fallas do Throno - Senado e Câmara na construção do Império do Brasil’, que conta com os discursos dos imperadores e da Princesa Isabel ao parlamento durante o período imperial do país.

Em vista dos danos causados pelos ataques às sedes dos três poderes, a diretora-geral afirma que a maior parte do acervo e dos móveis do Salão Nobre do Senado já se encontram totalmente restaurados e uma outra parte segue em processo avançado de restauração.

“No Salão Nobre a gente tem um quadro imenso que mostra a assinatura, exatamente, da primeira Constituição. Eles tentaram derrubar aquele quadro. Se eles tivessem conseguido, o cenário seria outro. Também jogaram estilingue de gude em cima do painel do Athos Bulcão, um painel vermelho que a gente tem, que ficou amassado, mas vai ser recuperado também, com o apoio do GDF, e essa tapeçaria do Burle Marx, essa sim está bastante mais danificada e deve levar mais tempo”, informou a servidora.

Segunda mulher a assumir o cargo

Ao final da entrevista, a diretora-geral do Senado ainda comentou sobre a importância de ser a segunda mulher a ocupar o cargo e dos desafios para abrir espaço para que novas mulheres assumam lugares de destaque no serviço público.

“Talvez o Senado seja um campo um pouco mais fácil. O (ex-) presidente (José) Sarney, sempre disse que o Senado é um matriarcado. Mas na estrutura pública não é assim. Nós ainda temos poucas mulheres. É verdade que nós temos mais ministras do que já tivemos, mas ainda assim não chegamos ao que desejamos ter, que é o meio-a-meio”, opinou.

*Estagiário sob a supervisão de Renato Souza

FONTE: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/05/5091288-diretora-geral-do-senado-sobre-pos-8-de-janeiro-agressividade-tao-grande.html


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