Mulheres de Fortaleza pedem por justiça no maior julgamento de violência policial do ano

Começa no dia 20 de junho o julgamento dos 34 policiais militares acusados de matar 11 pessoas na Chacina do Curió, ocorrida em 2015, na Grande Messejana, periferia de Fortaleza. Desde então, mães e familiares da vítimas lutam por justiça, articuladas com movimentos de mulheres de todo o país. Depois de sete anos e meio, elas estarão frente a frente com os executores de seus filhos, maridos, irmãos. Esse será o maior julgamento do ano no país e o que tem o maior número de militares no banco dos réus desde o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 2006, no Pará

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Coren-DF publicou mensagem de apoio ao jogador Vinicius Júnior, vítima de racismo, e colheu relatos chocantes de preconceito nos hospitais

 atualizado 24/05/2023 7:51

Negra - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
 

O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) postou mensagem de apoio ao jogador de futebol Vinicius Júnior, do Real Madrid, vítima de ataques racistas. Na publicação, profissionais de saúde revelaram episódios que eles próprios foram alvo de racismo e preconceito.

 
 

“Já fui chamada de macaca, então, eu nunca duvido quando alguém me conta algo parecido. O triste é que os hospitais não dão o devido cuidado quando sofremos isso dentro do estabelecimento”, desabafou uma pessoa que atua na área de saúde.

Em outro relato, a profissional contou que o paciente disse que “era uma tortura ser cuidado por gente de cor”. O homem prosseguiu dizendo: “Nojo de vocês, você fedem”.

Uma mulher relatou ter sido chamada de “pretinha pobre” por um paciente. Outra comentou que um homem internado dirigiu-lhe a seguinte ofensa: “Negrinha de favela”. “E ainda pediu para outra técnica atendê-lo, pois não queria ser atendido por mim”.

“Cheguei a ser trocada de escala, a pedido do paciente idoso (que relatou ser alemão e mencionou algo sobre a infância e o que presenciou em campo de concentração). Ele perguntou para a enfermeira-chefe se teria alguém de cor clara para cuidá-lo. E assim foi feito”, revelou a profissional.

Discriminação tripla

Pelo diagnóstico do presidente do Coren-DF, Elissandro Noronha, os relatos apontam que a enfermagem é triplamente discriminada, por ser majoritariamente feminina, negra e de baixa renda. “Sofrem discriminação racial, social e de gênero, por parte de pessoas que geralmente estão sob seus cuidados de saúde”, ressaltou.

Para Noronha, esse quadro reforça a importância da efetivação do piso da enfermagem, para combater o preconceito e a desigualdade. “Estamos diante de um problema que demanda ações concretas e campanhas educativas por parte do poder público”, explicou.

 

Serviço – Conheça canais de denúncia

Polícia Civil (PCDF) – a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa, ou com Deficiência (Decrin) funciona das 12h às 19h, de segunda a sexta-feira. Mas denúncias podem ser feitas em qualquer delegacia do DF, na delegacia eletrônica, ou pelo 197.

Câmara Legislativa (CLDF) – a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa (CLDF) atende pelos telefones: (61) 3348-8701 / 3348-8703, WhatsApp para denúncias: (61) 99904-1681, pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo link.

fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/nao-vou-ser-atendido-por-preto-os-chocantes-relatos-de-racismo-em-hospitais-do-df


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