Quase lá: Parlamentares acusam deputado de extrema-direita de transfobia com Érika Hilton na CPMI

Durante oitiva do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o deputado Abílio Brunini teria dito que a deputada "estava oferecendo seus serviços" ao militar

TM
Taísa Medeiros
postado em 11/07/2023 13:47

 

 (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
(crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava sendo ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, quando uma confusão generalizada se iniciou. A deputada Erika Hilton (PSol-SP) falava sobre o uso da farda por parte de Mauro Cid. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) interrompeu a fala de Érika para denunciar que o deputado Abílio Brunini (PL-MT) fez uma fala “homofóbica” enquanto a parlamentar fazia seu pronunciamento.

“Ele disse que ela estava oferecendo serviços. Isso é homofobia”, denunciou. Brunini não negou ter feito a fala num primeiro momento. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) confirmou ter ouvido o comentário. Carvalho pediu a retirada do deputado do plenário. Deputados da oposição pediram provas de que Brunini fez a fala. O deputado André Fernandes (PL-CE) defendeu Brunini. “E se ele falou, presidente? A deputada mandou ele ir atrás de tirar a carência nos outros lugares”, questionou. Fernandes chegou a se exaltar com o presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA).

Maia decidiu pedir acesso às filmagens. “Se você falou, vai ter a leitura labial e vai ser fácil que isso seja identificado. Se vossa excelência de fato agiu dessa forma, vai ter uma penalidade contra o senhor”, disse. O presidente deixou a cargo da Polícia Legislativa o veredito. “Ela está aqui por uma vontade da população brasileira, como todos nós”, defendeu Maia.

“Não vou entrar nessa seara de baixo nível”, prosseguiu Érika Hilton, que pediu à presidência a garantia da segurança de sua fala. Segundo a deputada, ela se referia à “carência” porque Brunini “tumultuou” outras oitivas. “Em todas as sessões o deputado parece querer chamar a nossa atenção, e isso parece um comportamento baseado na psicanálise, e não em questões de sexualidade, que é a única coisa que parece ter na cabeça dessa gente”, argumentou Érika.

A Comissão ouve hoje o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O militar informou que fará uso do seu direito ao silêncio. Ele foi convocado a prestar depoimento à CPMI que investiga o 8 de janeiro por conta de uma troca de mensagens de teor golpista com o coronel Jean Lawand Junior — que depôs à CPMI em 27 de junho.

Cid está preso desde 3 de maio por suspeita de fraude em cartões de vacinação contra covid-19 do ex-presidente, dele e de sua própria família. Cid chegou ao Congresso Nacional para depor pouco antes das 9h, fardado. Ele é investigado por oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).

fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/07/5108246-parlamentares-acusam-deputado-de-transfobia-com-erika-hilton-na-cpmi.html

Transfobia: Erika Hilton denuncia deputado a Conselho de Ética da Câmara

Abílio Brunini é o parlamentar denunciado pela deputada federal. Na CPMI do 8 de Janeiro, ele teria sugerido que Hilton estava "oferecendo serviços". Outros deputados endossaram também a denúncia

 
Correio Braziliense
postado em 12/07/2023 09:19

 

 (crédito: Billy Boss/Câmara dos Deputados)
(crédito: Billy Boss/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) formalizou uma denúncia no Conselho de Ética e Decoro da Câmara contra o deputado Abílio Brunini (PL-MT). Ele foi acusado de ter feito comentários transfóbicos e misóginos contra a parlamentar, uma mulher transgênero.

Os ataques, segundo a deputada, ocorreram durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), nesta terça-feira (11/7), que investiga os atos de depredação do Congresso nos atos golpistas do 8 de Janeiro. Enquanto Hilton discursava, Brunini teria dito que ela estava "oferecendo serviços". 

"Denunciei hoje com a bancada do PSOL no Conselho de Ética um Deputado bolsonarista que me atacou de forma misógina e transfóbica. E isso não é apenas sobre mim, é também sobre o avanço de mulheres e pessoas LGBTQIA+ na política. Não aceitarei que isso ocorra. Enquanto eles se dedicam a atacar mulheres na CPMI, trabalharei para que a Câmara seja um lugar de respeito e decoro para todas nós. E para que os criminosos que atacam a Câmara com sua misoginia e transfobia, e os que a atacaram em 8 de Janeiro, sejam punidos. Seguimos em frente. Na defesa das mulheres, da nossa comunidade, e da Democracia, sempre", escreveu Erika Hilton, em seu perfil no Twitter.

Na publicação, a deputada compartilha a captura de tela de uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo que acrescenta que Erika Hilton enviou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma representação que cobra a cassação de Brunini. Esse pedido foi corroborado pela bancada do PSol. 

Além de Erika Hilton, outros deputados presenciaram a suposta fala de Brunini. "O seu Abílio foi homofóbico", denunciou Rogério Carvalho (PT-SE). "Fez uma fala homofóbica quando a companheira estava se manifestando, ele acusou e disse que ela estava 'oferecendo serviços'. Isso é homofobia, é um desrespeito. Peço a vossa excelência que o senhor peça para o deputado se retirar do plenário", afirmou.

fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/07/5108457-transfobia-erika-hilton-denuncia-deputado-a-conselho-de-etica-da-camara.html

Deputado é acusado de violência política de gênero contra Erika Hilton

O deputado Abílio Brunini (PL) foi acusado de violência política de gênero contra a deputada Erika Hilton (PSOL) durante sessão da CPMI dos atos golpistas.

O que aconteceu

A deputada Duda Salabert prestou solidariedade à colega:  alarmante saber que a todo momento que uma travesti ocupa um espaço de destaque, ou é recebida com violência politica, tentativa de silenciamento, ou é objeto de chacota", disse.

Antes de ser interrompida por Brunini, Erika disse: "Toda sessão o deputado [Brunini] atrapalha os trabalhos da CPMI, causa tumulto. Eu aconselharia que o deputado procurasse tratar sua carência em outro espaço".

Segundo parlamentares que estavam perto de Brunini, quando Erika disse que Brunini estava "carente", o deputado disse: "Por que, tá precisando de serviço?". Na avaliação desses congressistas, tratou-se de uma insinuação de que ela queria se prostituir. No momento, o microfone do deputado estava fechado e apenas pessoas próximas o escutaram.

Para Erika, "o deputado fez uma associação preconceituosa e discriminatória" ao dizer que ela "estava ofertando os seus serviços". "[Essa associação] muito provavelmente deve estar formada no imagético da população tem de travestis e transexuais. O que é criminoso, desrespeitoso, violento, não está dentro do âmbito da CPI e que não tem nenhuma correlação com aquilo que foi dito por mim", disse a deputada, que afirmou, porém, não ter ouvido o ataque do colega e que aguardará a liberação das imagens.

O senador Rogério Carvalho (PT) chamou o comentário de homofóbico. Carvalho estava sentado na frente do deputado bolsonarista.

Brunini riu das acusações e, questionado pelo presidente da CPMI, Arthur Maia (União), negou qualquer tipo de ofensa. A polícia parlamentar vai investigar as filmagens e Brunini poderá ser punido.

fonte: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/07/11/deputado-e-acusado-de-homofobia-com-erika-hilton-policia-vai-investigar.htm

 


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