Governadora em exercício deu posse às 24 novas titulares e 10 suplentes do órgão, para o biênio 2023-2025 e reforçou apoio da sociedade civil "em defesa das mulheres"
Para contribuir com a criação de políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher, 24 novas integrantes do Conselho dos Direitos da Mulher do Distrito Federal (CDM-DF) tomaram posse, ontem, para o mandato 2023-2025, além de 10 suplentes. Na cerimônia, no Palácio do Buriti, a governadora em exercício Celina Leão comentou sobre os crimes de violência contra a mulher, que têm feito várias vítimas. Somente neste ano, foram registrados 25 feminicídios no DF.
- Entidades civis são eleitas para compor o Conselho dos Direitos da Mulher
- "Feminicídio é questão social", diz Celina em posse de conselheiras
- Conselho dos Direitos da Mulher terá eleições para representantes da sociedade
A governadora ressaltou que o CDM-DF é composto por mulheres de várias representações da sociedade civil, como advogadas, servidoras, empresárias e sindicalistas. "Haverá diversidade na definição de nossas políticas e na construção delas", afirmou. "Com certeza as conselheiras ajudarão nessa reconstrução, nesse momento tão difícil de mortes das nossas mulheres", disse.
"Aqui estão mulheres que não fazem parte do governo e saíram das suas casas sem ter qualquer remuneração para lutar por aquilo em que acreditam: a defesa das mulheres. Nós precisamos não só estar numa política pública ou no papel, precisamos estar em cargos estratégicos", frisou a governadora em exercício.
"Toda vez que a sociedade avança na luta das mulheres, há um retrocesso social machista personalíssimo daqueles que ainda nos veem como nós não somos, como coisa, objeto, segregadas da sociedade", complementou ela.
Compete ao conselho formular e propor diretrizes para o governo local, voltadas à eliminação da violência e da discriminação e para promoção e defesa dos direitos das mulheres. Além de assegurar condições de liberdade e igualdade de oportunidades para elas no desenvolvimento econômico, social, político e cultural do DF.
Mal continuado
Secretária da Mulher e presidente do conselho, Giselle Ferreira ressaltou que "o mal do feminicídio é que é continuado". "A gente não consegue colocar um policial em cada casa, por isso que precisamos envolver a família e toda a sociedade. Esse conselho terá voz e vez", destacou.
Integrantes do Instituto Reciclando o Futuro, Diullini Cinthia Souza Santos e Fernanda Furtado foram algumas das empossadas como titular e suplente, respectivamente, do conselho. "Espero contribuir bastante, porque é muito difícil ser mulher numa sociedade tão patriarcal como a nossa", disse Diullini. "Tenho que agradecer a Deus por me proporcionar momentos incríveis de vivências que me fazem crescer como mulher", destacou Fernanda.
Banco Mundial
Em Washington, onde cumpre agenda oficial, o governador Ibaneis Rocha se reuniu, ontem, com a a diretora de Estratégias e Operações para a Região da América Latina e Caribe do Banco Mundial, Ayat Soliman. Ambos, acompanhados de uma equipe técnica, conversaram durante encontro no Lide Brazil Development Forum 2023 sobre a possibilidade de investimentos para projetos estruturantes no DF. O evento reúne líderes empresariais e especialistas do mundo financeiro de vários países.
"Foi uma reunião muito produtiva. Tivemos contato também com a equipe do Banco Mundial no Distrito Federal e, a partir da próxima semana, estaremos juntos trabalhando estes projetos para poder desenvolver cada vez mais a capital", ressaltou Ibaneis.
O governador também se reuniu com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e esteve na recepção promovida pela embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti.
Hoje, ele participa do painel "Oportunidades de financiamento para infraestrutura e serviços públicos nos estados e municípios brasileiros."
* Com a colaboração de Pedro Marra
"Feminicídio é questão social", diz Celina em posse de conselheiras
A governadora em exercício participou da cerimônia de posse das 24 conselheiras membros do CDM/DF, na manhã desta quinta-feira (31/8). Na ocasião, ela comentou sobre o elevado número de casos de feminicídio no DF
Tomaram posse, na manhã desta quinta-feira (31/8), 24 conselheiras membros do Conselho dos Direitos da Mulher do Distrito Federal (CDM/DF) para o mandato 2023-2025, além de 10 suplentes. Durante a cerimônia, que ocorreu no Palácio do Buriti, a governadora em exercício Celina Leão comentou sobre feminicídio na capital e sobre o enfrentamento junto com as novas empossadas para combater os crimes de violência contra a mulher. Neste ano, foram 25 casos de feminicídio no DF.
No evento de entrega dos certificados para o exercício do mandato das conselheiras, Celina destacou que o DF está passando por “um momento dificílimo”. “Essa questão do feminicídio é uma questão social”, ressaltou a governadora em exercício durante o discurso. “Amor não é posse, não é invasão de privacidade. Ninguém é de ninguém, o que faz o casal permanecer junto é a conexão, o compartilhamento e o respeito”, enfatizou, relembrando os tristes casos que ocorreram na capital.
Conselho
O CDM/DF é composto por 12 representantes do poder público do DF, sendo estas da administração direta e indireta, indicadas com os suplentes pelos dirigentes das áreas de Saúde, Casa Civil, Educação, Diversidade, Pessoa com Deficiência, Economia, Trabalho, Segurança Pública, Desenvolvimento Social, Gestão Governamental, Defensoria Pública e IPEDF. Também compõem o conselho 12 representantes de entidades da sociedade civil eleitas por votação e dez suplentes, todas relacionadas à área de gênero.
O órgão consultivo e deliberativo formula e propõe diretrizes, para o governo local, voltadas à eliminação da violência e da discriminação, à promoção e defesa dos direitos das mulheres. Além disso, tem o objetivo de assegurar as condições de liberdade e igualdade de oportunidades para as mulheres no desenvolvimento econômico, social, político e cultural do DF.
Celina destacou que o conselho é composto por mulheres de várias frentes, como advogadas, servidoras, empresárias e sindicalistas. “Vai ter a diversidade na opinião das nossas políticas e na construção da nossa política”, comentou. “Com certeza, essas mulheres vão poder ajudar essa reconstrução nesse momento tão difícil para o DF, que é o número de mortes das nossas mulheres”, concluiu a governadora em exercício.
Presente na cerimônia, a secretária da Mulher e presidente do conselho, Giselle Ferreira, ressaltou a importância de trazer a sociedade civil para a discussão para enfrentar e vencer a violência contra a mulher. “O mal do feminicídio é que ele é continuado”, pontuou. “A gente não consegue colocar um policial em cada casa, por isso que precisamos envolver a família e toda a sociedade. Esse conselho vai ter voz e vez para a gente escutar”, destacou.
A presidente do conselho comentou ainda que a escuta é importante para criar políticas públicas mais efetivas. “A gente só vai comemorar quando for zero, nenhuma mulher a menos”, enfatizou Giselle.
fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/08/5121568-feminicidio-e-questao-social-diz-celina-em-posse-de-conselheiras.html
Novas titulares tomam posse no Conselho dos Direitos da Mulher
Representantes de 48 diferentes segmentos do governo e da sociedade civil vão se reunir mensalmente para discutir políticas públicas voltadas ao público feminino
Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno
A governadora em exercício Celina Leão empossou 48 novas representantes do Conselho dos Direitos da Mulher do Distrito Federal (CDM/DF) para o mandato de 2023/2025. A solenidade ocorreu nesta quinta-feira (31) no Palácio do Buriti.
“Aqui hoje estão mulheres que não fazem parte do GDF e saíram das suas residências sem ter remuneração nenhuma para lutar por aquilo em que elas acreditam: a defesa das mulheres. Nós precisamos não só estar numa política pública ou no papel, precisamos estar em cargos estratégicos, sim”Celina Leão, governadora em exercício
O Conselho dos Direitos da Mulher do DF foi criado em 1988 com o objetivo de promover um ambiente coletivo de construção e implementação de políticas públicas voltadas às mulheres. O grupo é formado por 12 representantes do poder público do DF e 12 representantes de entidades da sociedade civil, tem natureza consultiva e deliberativa e está vinculado à Secretaria da Mulher (SMDF). Além das titulares, as suplentes também foram nomeadas, totalizando 48 novas representantes.
Ao falar do conselho, Celina Leão citou medidas importantes do governo na proteção das mulheres e da população, como o aplicativo Viva Flor – de segurança preventiva às vítimas de violência doméstica –, a iniciativa inédita no país de se pagar um auxílio aos órfãos do feminicídio e também o fato de mulheres ocuparem cargos estratégicos no GDF. Ela ainda lembrou que esta gestão recriou a Secretaria da Mulher.
“Aqui hoje estão mulheres que não fazem parte do GDF e saíram das suas residências sem ter remuneração nenhuma para lutar por aquilo em que elas acreditam: a defesa das mulheres. Nós precisamos não só estar numa política pública ou no papel, precisamos estar em cargos estratégicos, sim. Toda vez que a sociedade avança na luta das mulheres, há um retrocesso social machista personalíssimo daqueles que ainda nos veem como nós não somos, como coisa, objeto, segregadas da sociedade”, discursou Celina Leão.
O grupo reúne representantes de sindicatos, institutos, associações e uma escola de samba. Essa pluralidade é destacada pela secretária da Mulher, Giselle Ferreira, empossada presidente do conselho, ao falar da importância do colegiado.
“É escutar a sociedade civil juntamente com o governo para efetivar a políticas públicas em prol das mulheres. Tomar medidas depois de escutar é muito mais eficaz. A pauta prioritária é o acolhimento e proteção à mulher. Mas precisamos trabalhar vários eixos, como o empreendedorismo, a capacitação e outras frentes também”, disse Giselle Ferreira.
Essa política de acolhimento também foi pontuada pela coordenadora de Promoção de Defesa dos Direitos das Mulheres da Defensoria Pública, a defensora Antonia Carneiro, empossada no conselho. “É muito importante ouvir essas mulheres que estão próximas da sociedade para trazer as demandas, a fim de que a gente possa pensar políticas públicas plurais. Como defensora, vou levar as demandas das nossas assistidas, porque a Defensoria Pública atende mulheres vítimas de violência doméstica”, afirmou.
“A Secretaria de Saúde (SES) hoje é a única do país que tem uma linha de cuidado com seis temas. O nosso sexto braço é exatamente o combate à violência à mulher. Me sinto honrada de participar de um comitê permanente de prevenção do cuidado do acolhimento dessas mulheres e não só no momento da violência, mas o pós-violência, o empreendedorismo, a ocupação, o ofício dessas mulheres para que elas realmente quebrem esse ciclo”, ponderou a secretaria de Saúde, Lucilene Florêncio.
Já a representante do Clube Soroptimista Internacional de Brasília (SI Brasília), Cátia Vasconcelos, lembrou a longa luta das mulheres. Ela foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira no Conselho Seccional da OAB de Minas Gerais e também fundou o Sistema de Integração, Assistência e Defesa da Mulher Advogada (Siadema), entre outros trabalhos pelo público, como a criação dos Conselhos da Mulher nos estados.
“Nós temos que trabalhar os homens e não só as mulheres. As mulheres são as geradoras da vida, os homens só nascem porque nós existimos. Se a gente educa bem nossos filhos, nossos maridos, o nosso meio familiar é a única forma de modificar essa submissão que o homem acha que tem direito sobre a mulher. Não existe direito sobre o ser humano, e é isso que precisamos mudar, a mentalidade masculina. Essa pauta é totalmente feminina e feminista, mas são os homens nosso fator maior de mudança”, explicou.
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Entidades eleitas
– Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ)
– Instituto Reciclando o Futuro
– Grupo Mulheres do Brasil
– Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF)
– Instituto Arkrealiza
– Instituto Resolve
– Clube Soroptimista Internacional de Brasília (SI Brasília)
– Escola de Samba Acadêmicos do Riacho Fundo II
– Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)
– União Brasileira de Mulheres – Seção Distrito Federal (UBM-DF)
– Fórum de Mulheres do Mercosul (FMM)
– Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do DF e Entorno (Sintect/DF)
Entidades suplentes eleitas
– Instituto Entre Nós
– Instituto Me Ajude a Ajudar (IMAA)
– Levante Feminista Contra o Feminicídio
– Ação de Mulheres pela Equidade (AME)
– Associação Tudo Azul Autismo (ATA)
– Força Ativa da Mulher (FAM)
– Movimento Negro Unificado – Seção do Distrito Federal e Entorno (MNU-DF)
– Sindicato dos Servidores e Empregados da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc)
– Associação Vencedoras Unidas (AVU)
– Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis).
fonte: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2023/08/31/novas-titulares-tomam-posse-no-conselho-dos-direitos-da-mulher/