Quase lá: A primeira mulher a morrer de corona vírus foi uma trabalhadora doméstica

A primeira MULHER a morrer de Corona Vírus no Brasil: Uma trabalhadora doméstica de 63 anos, periférica

Medidas de Renda Mínima, precisam ser asseguradas, imediatamente. Todas as pessoas devem ter direito a pelo menos um salário mínimo por mês e de outras iniciativas econômicas que garantam o direito à quarentena, para que ela não seja um privilégio de poucos. Mas ao contrário disso o governo cortou 158 mil famílias do Bolsa família, 61% no nordeste. Esta política só pode ser encarada como uma política de extermínio do povo pobre, em que o prórpio governo decide quem deve viver e quem deve morrer.

No Brasil desigual, o trabalho informal, sem direitos ou precarizado é uma triste realidade. O setor informal representa 41,4% da força de trabalho total no Brasil, são cerca de 39 milhões pessoas (IBGE, 2019), outras 12 milhões estão desempregadas.

São as mulheres negras e periféricas que ocupam a maioria destas funções, dentre elas, a do trabalho doméstico. São mais de sete milhões de empregadas/os domésticas/os e faxineiras/os diaristas nessa ocupação, sendo que 93% são mulheres e idosas que sustentam sozinhas suas famílias.

Segundo o Ministério Público, todas as pessoas precisam ser DISPENSADAS DO TRABALHO, COM GARANTIA DE SALÁRIO, exceto as que forem estritamente necessárias, preservadas suas condições de acesso a equipamentos de proteção individual ao corona vírus (artigo 3o, § 3o, da Lei n. 13.979/2020).

A primeira morte no Brasil foi de uma mulher, de 63 anos, que não foi dispensada de suas funções por sua empregadora, que se contaminou na Itália. A trabalhadora, já idosa, talvez pudesse estar aposentada, mas as políticas autoritárias do neoliberalismo, como a reforma da previdência e a reforma trabalhista, retiram direitos da população mais empobrecida. Atrelado a isso está a forma irresponsável e desumana a que, muitas vezes, empregadores submetem suas trabalhadoras. Próprio do racismo, da herança da escravocrata cultivada pela elite brasileira.

Além disso, sabe-se que o isolamento e o distanciamento social estão entre as medidas mais eficazes adotadas pelos países que estão conseguindo deter o contágio em massa do corona vírus. Porém, muitas das trabalhadoras domésticas são obrigadas a trabalhar para garantir seus empregos e salários.

Precisamos de ações que garantam as condições mínimas de sobrevivência da maioria da população. Acesso à alimentação, água, produtos de higiene, é uma questão de responsabilidade e humanidade.

E você faça sua parte! Não desumanize mulheres negras e de periferia. Dispense todos os serviços de faxineira, diarista ou trabalhadora doméstica. Elas precisam ter garantido o direito de ficar em casa e com seus salários mantidos!

Articulação de Mulheres Brasileiras

#QuarentenaRemuneradaJá
#ÉpelaVidaDasDomésticas
#ÉpelaVidaDasMulheres


Matérias Publicadas por Data

Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Logomarca NPNM

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...