O Cfemea, com pesar, informa o falecimento do jurista, professor, ativista social e nosso amigo sempre presente Marcelo Lavenère Machado neste último domingo (12) em Brasília.
O professor, advogado, jurista, pesquisador, escritor, ativista social e defensor intransigente da democracia tornou-se nacionalmente conhecido por ter, como presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), assinado o pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, representando a sociedade à frente do Movimento pela Ética na Política. Também era conselheiro vitalício do Conselho Federal da OAB, professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), da Universidade de Brasília (UnB) e da Escola Superior do Ministério Público. Foi membro titular da Comissão Brasileira Justiça e Paz, da CNBB, advogado pro bono e ativista social com vínculos nos principais movimentos sociais brasileiros.
Além de ter cursado seu mestrado na Universidade de Brasília e pois sido seu professor, atualmente era pesquisador do GETRIB – Grupo de Pesquisa Estado, Constituição e Tributação, da Faculdade de Direito. Também se destacou à frente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, onde se dedicou à análise das reparações às vítimas da ditadura militar, atuando em favor dos perseguidos políticos, torturados e das famílias dos desaparecidos e assassinados.
Ele foi uma das mais de 700.000 vítimas de necropolítica que se instalou no país depois do golpe contra a presidenta Dilma Roussef. Passou os últimos anos sob cuidados médicos e da família em função de complicações provocadas pela Covid19.
Ontem (13), o Cfemea esteve representado no velório de nosso amigo e companheiro Marcello Lavenère. Lembramos à sua companheira de vida, Norma, o quão importante foi o advogado Marcello para a vida do Cfemea, nos orientando e preparando os documentos necessários para solucionar um momento de grande dificuldade que nossa organização passou ainda no início de nossa caminhada. Relatamos como seu companheiro nos abraçou e cuidou de nossa causa e quão gratas somos a sua dedicação às boas causas. Dona Norma, como é conhecida, pediu para que colocássemos a bandeira do Cfemea sobre o caixão onde repousava seu marido. Não estávamos preparadas para isso, mas foi uma demonstração de afeto e reconhecimento dela, que devemos guardar para sempre.
Marcello vive!