A campanha “A Democracia que Queremos” pretende abordar a violência política que ameaça, sobretudo, mandatos e movimentos populares
“A Democracia que Queremos”: esse é o lema da campanha lançada em julho de 2022 pela Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, formada por 128 organizações. O objetivo é discutir o modelo de democracia desejado para o Brasil, a partir da crítica ao atual sistema político.
De acordo com a Plataforma, a campanha acontece diante de uma conjuntura em que ocorrem diversos ataques ao processo democrático, reforçando a necessidade de se posicionar em defesa da democracia. Essa posição, no entanto, é acompanhada de críticas ao sistema político brasileiro, que, segundo a Plataforma, é excludente e mantém privilégios e desigualdades históricas.
Para pensar um outro sistema político, a campanha pretende debater temas como a sub-representatividade nos espaços de poder e das questões de raça, gênero e classe que estruturam o país e suas relações (econômicas, políticas, jurídicas, midiáticas, religiosas, etc). Segundo os realizadores, o objetivo da Plataforma é “radicalizar a democracia”, levando em conta que o modelo atual do sistema político é insuficiente para garantir uma nação democrática.
A campanha “A Democracia que Queremos” também pretende abordar a violência política que ameaça, sobretudo, mandatos e movimentos populares. Questões como a defesa do Estado Laico, dos direitos dos povos originários e tradicionais, da população LGBTQIA+, e o enfrentamento ao racismo e ao machismo também serão debatidas.
O evento virtual de lançamento acontecerá no próximo dia 19 de julho, a partir das 19h, no canal da Plataforma no YouTube. Também foi anunciada uma chamada pública de videoperformance voltada para artistas. Além da produção de conteúdo digital, a campanha pretende realizar atos públicos, intervenções urbanas e publicações de artigos que aprofundem o debate sobre o modelo de democracia desejado.
As ações estão previstas para ocorrer até o fim das eleições deste ano. De acordo com a Plataforma, a expectativa é que o processo eleitoral não represente apenas “uma troca de turno no governo, mas um resgate da democracia e do que entendemos que deve ser a distribuição do poder e da representação no nosso país”.
Para mais informações:
www.reformapolitica.org.br /