Quase lá: Inclusão de mais mulheres no Parlamento é tema de pesquisa

Os resultados estão apresentados no Relatório Mulheres no Poder, publicado no site do Observatório da Mulher contra a Violência (OMV)

 Mulheres Politica agencia brasil

Foto: Agência Brasil

12 de dezembro, 2022 Agência Senado

Eleitores e eleitoras não pensam no gênero do candidato na hora de votar, mas apoiam políticas que promovam o equilíbrio e a equidade na presença de homens e mulheres nas cadeiras do Parlamento. Este é um dos resultados da pesquisa Mulheres no Poder, que o Observatório da Mulher contra a Violência realizou a pedido da Procuradoria da Mulher do Senado, em outubro de 2022.

Realizada por telefone, em amostragem controlada de 1.600 pessoas, a pesquisa teve seus resultados principais reunidos em dez questões chave sobre o peso do gênero dos(as) candidatos(as) na escolha do voto; a tendência ideológica de eleitores e eleitoras; a avaliação do desempenho das parlamentares; a eficácia das leis existentes para assegurar a equidade de gênero; a avaliação das cotas para candidaturas e para cadeiras – inclusive em 50% –  no Parlamento, bem como da destinação de recursos financeiros para candidaturas femininas; apoio a cotas em outras posições de poder, nas empresas e na sociedade em geral.

O gênero não faz diferença na hora do voto; os homens se posicionam mais à direita e as mulheres mais à esquerda no espectro ideológico; as parlamentares são poucas, mas representam bem; as leis que garantem equidade são insuficientes; mulheres apoiam mais as cotas para candidaturas; maioria apoia cotas para cadeiras no Parlamento; vagas devem ser meio a meio; recursos financeiros devem ser destinados às candidatas; maioria apoia cotas para mulheres, principalmente nos espaços públicos de poder; e, por fim, a opinião masculina tende a se dividir em torno de quase todas as questões feitas.

Para a senadora Leila Barros, procuradora Especial da Mulher do Senado, esta pesquisa mostra que há uma disposição de mudanças muito importante quanto à representação de gênero no Parlamento: “Há muitos projetos de lei e mesmo de emenda constitucional que falam no estabelecimento de cotas de mínimo de 10%, 12%, 30% e mesmo de 50% no Parlamento. Encontramos obstáculo até para aprovar a mínima cota, mas a pesquisa mostra que há vontade, abertura e até necessidade de uma representação meio a meio, como organismos internacionais também defendem”.

Os resultados estão apresentados no Relatório Mulheres no Poder, publicado no site do Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), inclusive com gráficos que pormenorizam os números e são didaticamente explicados.


Matérias Publicadas por Data

Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Logomarca NPNM

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...