Quase lá: Por que a democracia é essencial para a vida das mulheres, por Isabela del Monde

Para se ter uma ideia de como nossos direitos estão em constante disputa, há registros de que já em 1917 as trabalhadoras de fábricas reivindicavam salário igual ao de seus colegas homens, uma conquista que não temos até hoje

Agência Patrícia Galvão
 
 

>Ato pela Democracia na Avenida Paulista SP dia 9jan23 Foto JulianaVieira

Ato pela Democracia, na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 9 de janeiro de 2023. Foto: Juliana Vieira

 

13 de janeiro, 2023 Uol Por Isabela del Monde

O Brasil e o mundo assistiram estarrecidos os atos de terrorismo praticado por bolsonaristas no domingo (8), em Brasília. A rápida e contundente resposta institucional, que uniu todos os presidentes dos três poderes bem como governadores e forças de segurança, foi um passo importante para o início do desmantelamento de organizações criminosas que insistem em tomar o poder à força. Entretanto, é evidente que estamos diante do maior risco à nossa jovem democracia e que o trabalho de desbolsonarização da sociedade e das instituições será hercúleo.

Acredito que nós, mulheres, temos papel central nesse trabalho porque a democracia, em contraposição à ditadura, é a organização política e social na qual somos percebidas e tratadas como seres humanos dignos de direitos e igualdade. Até a Proclamação da República, em 1889, as mulheres ou eram escravizadas, se negras ou indígenas, ou eram destinadas ao lar, à procriação e a conventos, se brancas.

Em mais de 300 anos da história do país nós não tínhamos direitos básicos, como à educação, à participação política ou à acumulação de patrimônio. As mulheres que conseguiam estudar —como Rita Lobato Velho Lopes que ingressou na faculdade de medicina em 1881, 54 anos depois das fundações das primeiras faculdades no país— eram a exceção da exceção.

Para se ter uma ideia de como nossos direitos estão em constante disputa, há registros de que já em 1917 as trabalhadoras de fábricas reivindicavam salário igual ao de seus colegas homens, uma conquista que não temos até hoje. E durante a ditadura militar, que tomou o poder entre 1964 e 1985, apenas um direito significativo foi conquistado pelas mulheres, o de se divorciar.

Acesse a matéria completa no site de origem.

 

Matérias Publicadas por Data

Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Logomarca NPNM

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...