Quase lá: Combater sub-representação de pessoas negras exige novo sistema político, afirmam movimentos sociais

Plataforma pela Reforma do Sistema Político reafirma a importância do combate ao racismo para garantir a democracia

Neste Dia 20 de Novembro, dia da Consciência Negra, Cleusa Silva, coordenadora administrativa da Casa Laudelina de Campos Mello, uma das organizações que compõem a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, levanta o debate sobre a sub-representação de homens e mulheres negras em espaços de poder. Ela criticou o atual sistema político, destacando que o racismo estrutural ainda fundamenta a realidade social brasileira. 

“Esse estado e essa democracia burguesa que se orienta pelo letramento do racismo patriarcal e uma sociedade de classes faz de tudo para invisibilizar nossos corpos. E nos mata e adoece no cotidiano. Para que a gente possa, de fato, avançar e ampliar o combate à sub-representação, para além da organização e mobilização, nós precisamos de um outro sistema político”, destacou Cleusa Silva. Ela também salientou que um novo sistema político deve contemplar a reparação histórica e geográfica, priorizando o Bem Viver e a valorização do papel da população negra na construção da sociedade brasileira.

Segundo dados da  da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua - 2022), a população negra representa 56%, mais da metade do Brasil. Apesar de serem a maioria, negros e negras ocupam apenas 33,7% dos cargos de direção e gerência, segundo dados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Além disso, segundo a mesma organização, entre as pessoas em situação de desocupação, 65,1% são negras. 

A sub-representação baseada no racismo também se reflete na desigualdade salarial. Também segundo o DIEESE, pessoas negras ganham 39,2% a menos do que os não negros, em média. Em todas as posições de trabalho, o rendimento médio de negras e negros é menor do que a média da população.

Diante do cenário, a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político reafirma: “Enquanto houver racismo, não haverá democracia”.

Veja a publicação da Plataforma no Instagram:

 


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