Os direitos das mulheres registram um retrocesso em todo o mundo, dos Estados Unidos ao Brasil, passando por Afeganistão e Polônia, alertaram nesta segunda-feira (13) várias organizações, que publicaram um relatório que pede a inclusão do tema no topo da agenda diplomática.
Geledés - FONTE: Universa, por AFP
(Animação/Canva/Imagem retirada do site A Gazeta))
O relatório cita retrocessos que vão desde a revogação do direito ao aborto nos Estados Unidos, passam pela deterioração da situação das mulheres durante o governo Bolsonaro no Brasil, pelas restrições para estudar e trabalhar no Afeganistão e pelos problemas de acesso a medidas contraceptivas na Polônia.
Os retrocessos nos direitos das mulheres “se multiplicam em todo o mundo”, denuncia o relatório elaborado pela Fundação Jean-Jaurès e pela organização feminista Equipop.
“Nenhuma região está a salvo” deste fenômeno que ocorre quando “grupos muito diversos unem forças contra os direitos das mulheres”, disse à AFP Lucie Daniel, da Equipop.
O relatório adverte que os movimentos que pressionam direitos “muitas vezes são resultado de alianças heterogêneas” que reúnem movimentos desde a extrema direita até grupos fundamentalistas.
“Houve um pouco de alívio depois das últimas eleições nos Estados Unidos e no Brasil”, onde os conservadores perderam, “mas a capacidade dos movimentos contra os direitos de causar danos continua forte”, disse o ativista.