Quase lá: Conheça juristas negras que estão sendo cotadas para o STF

Todas foram apontadas por seus pares como candidatas à Suprema Corte do país

Coalizão Nacional de Mulheres
São Paulo (SP) | |
 
Da esquerda (alto) para a direita: Adriana Cruz, Manuellita Hermes, Lívia Vaz; em baixo: Lucinéia Rosa, Vera Lúcia Santana e Mônica de Melo - Arquivo pessoal/ Montagem BdF

 

A Coalizão Nacional de Mulheres é um movimento de mulheres que apoiam mulheres. Reunimos lideranças feministas progressistas de todo o país das mais diversas áreas, contemplando todos os aspectos de mulheridades. Existimos enquanto movimento, para oferecer um ambiente de fortalecimento, de encorajamento e apoio às mulheres que almejam ocupar espaços de poder e àquelas que já estão nesses espaços.

Com imensa alegria, reunimos na Coalizão seis grandes Juristas negras que estão sendo cotadas para suceder a Ministra Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal. Sabemos que elas não são as únicas cotadas e honramos a coragem de todas que estão colocando o seu nome à disposição.

É importante dizer que elas foram apontadas por seus pares com base no valor de sua trajetória. Mediante esse convite para servir ao país na mais Alta Corte brasileira e impulsionadas por apelos advindos da sociedade, elas vêm ganhando as páginas de diversos jornais que as reconhecem como nomes viáveis para assumir a vaga. Todas possuem um currículo de extraordinária qualidade, que reúne os méritos esperados de um Jurista que esteja à altura de ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. 

Adriana Cruz é juíza federal e, em breve, secretária geral do Conselho Nacional de Justiça. Sempre muito discreta, ela não costuma dar entrevistas para jornais ou revistas sobre a questão envolvendo a indicação de seu nome ao STF. Mesmo assim, sem esforços de sua parte, seu nome já recebeu apoios públicos muito importantes, como o do Jurista Thiago Amparo, dentre outros.

Lívia Vaz é promotora de justiça da Bahia e autora de diversas obras jurídicas. Amplamente apoiada por artistas, instituições e movimentos sociais, ela possui uma trajetória profissional que a colocou dentre as 100 pessoas negras mais influentes do mundo, segundo o MIPAD (Most Influential People of African Descent). Destacamos o apoio público do movimento Mulheres Negras Decidem.

Manuellita Hermes é procuradora federal e Coordenadora-Geral de Assuntos Internacionais e Judiciais da Consultoria Jurídica do Ministério dos Direitos Humanos. Ela conta com a reconhecida admiração de seus colegas que sempre destacam a importância do trabalho que realizou como Secretária de Altos Estudos, do Supremo Tribunal Federal, cargo que ocupava quando ocorreram os fatídicos ataques à Corte em 08 de janeiro, deste ano. É autora e tradutora de obras Jurídicas. Destacamos o apoio público da UFBA, Faculdade de Direito da Bahia.

Mônica de Melo é defensora pública e pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias da PUC-SP. Em sua trajetória profissional, também como professora de Direito Constitucional, ela sempre se posicionou publicamente de forma firme em prol das pautas progressistas, buscando informar e construir um debate legítimo sobre temas que tocam a evolução da sociedade brasileira. Postura esta que lhe proporcionou o apoio de diversos seguimentos. Destacamos o apoio público da AJD, Associação de Juízes pela Democracia.

Lucineia Rosa dos Santos é advogada e Conselheira da Fundação Padre Anchieta. Muito admirada por seus alunos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo por inspirá-los a lutar por um mundo menos desigual e mais justo, ela recebeu o apoio público do corpo de alunos da instituição que iniciaram uma campanha na mídia “#OndeEstãoMeusPares?”, veiculada pelo Centro Acadêmico 22 de Agosto, da PUC/SP, gestão Alvorecer. Destacamos o apoio público recebido pelo CEERT, Centro das Relações de Trabalho e Desigualdades.

Vera Lúcia Araújo Santana  é advogada e foi duas vezes indicada pelo Supremo Tribunal Federal à lista tríplice para o compor o Tribunal Superior Eleitoral. Com uma história de luta pelos Direitos Humanos, ela reuniu uma ampla rede de apoio que deposita grande confiança na indicação de seu nome para compor o Supremo Tribunal Federal. Destacamos o apoio público da ABJD, Associação de Juristas pela Democracia.

Muitas qualificações e apoios mais haveriam a ser mencionados em relação a cada uma delas, mas a finalidade deste artigo é apenas repisar o nosso apoio às brilhantes Juristas Negras que nos honram com sua participação na Coalizão Nacional de Mulheres.

No dizer da filosofia ubunto: “Eu sou porque nós somos”. Seguimos unidas pela indicação de uma Jurista Negra ao Supremo Tribunal Federal, uma luta que é coletiva. 

 

Edição: Rodrigo Durão Coelho

fonte:  https://www.brasildefato.com.br/2023/10/05/conheca-juristas-negras-que-estao-sendo-cotadas-para-o-stf

 


Matérias Publicadas por Data

Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Logomarca NPNM

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...