O Doodle, do Google, desta sexta-feira (13/1), presta homenagem a paranaense, Enedina Alves Marques, que se estivesse viva, completaria 110 anos de idade
O Doodle, do Google, desta sexta-feira (13/1), presta homenagem a paranaense Enedina Alves Marques, que, se estivesse viva, hoje completaria 110 anos de idade. Ela foi alfabetizada aos 12 anos e, contrariando as estatísticas, marcou a história da engenharia ao se tornar a primeira brasileira negra a se formar na área no Brasil.
Enedina nasceu em 1913, em Curitiba. Seus pais vieram do interior, mediante o êxodo provocado após o fim da escravidão. Desde sua infância até a faculdade, trabalhou em casas da elite curitibana como babá e empregada doméstica, assim como sua mãe, dona Duca.
Logo após a conclusão da graduação, em 1945, aos 32 anos, começou a trabalhar na Secretaria de Viação Obras Públicas paranaense e fez carreira no serviço público do estado. Dentre suas obras mais importantes, de sua carreira e do Paraná, está o levantamento topográfico da Usina Hidrelétrica Capivari-Cachoeira.
Em reconhecimento à sua contribuição para o Paraná e para a engenharia, seu nome foi inscrito junto com o de outras 53 brasileiras no Monumento à Mulher. Em 2006, foi fundado o Instituto da Mulher Negra de Maringás Enedina Alves Marques, também em terras paranaenses. O seu nome está na placa instalada no prédio administrativo do Setor de Tecnologia da Universidade do Paraná (UFPR) - honra concedida em 2018, no Dia Nacional da Consciência Negra -, além de nomear um bairro de Curitiba.
Foi aí onde Enedina morreu, em 1981. Seu corpo foi encontrado alguns dias depois pelo porteiro do prédio em que ela morava sozinha, no centro da capital, depois de ter sentido sua falta.