Quase lá: Novo medicamento contra câncer de colo de útero é maior avanço em 20 anos, dizem cientistas

Cientistas acreditam ter obtido o maior avanço no tratamento do câncer do colo do útero em 20 anos utilizando um conjunto de medicamentos baratos e já disponíveis antes do tratamento com radioterapia.

 
ENVIADO POR / FONTEPor Michelle Roberts, da BBC

 

Resultados de estudos revelados na conferência médica ESMO, mostram que a nova abordagem reduziu em 35% o risco de mulheres morrerem da doença.

A organização Cancer Research UK, que financiou a pesquisa, classificou os resultados como “notáveis” e espera que as clínicas em breve adotem o tratamento.

O câncer do colo do útero afeta milhares de mulheres todos os anos no Reino Unido, muitas delas na faixa dos 30 anos. Apesar de avanços nos tratamentos de radioterapia, o câncer reaparece em até um terço dos casos, o que faz com que novas abordagens sejam bastante necessárias.

“O tempo é tudo quando você está tratando um câncer”, disse o Dr. Iain Foulkes, do Cancer Research UK.

“Um conjunto crescente de evidências tem mostrado o valor de sessões adicionais de quimioterapia antes de outros tratamentos, como cirurgia e radioterapia, em vários outros tipos de câncer. Pode não somente reduzir as chances de o câncer voltar, como pode ser rapidamente iniciado, com medicamentos já disponíveis em todo o mundo”, acrescentou.

“Estamos entusiasmados com as melhorias que este estudo pode trazer para o tratamento do câncer do colo do útero e esperamos que sessões curtas de quimioterapia de indução sejam rapidamente adotadas na prática clínica”, concluiu o Dr. Foulkes.

Para o estudo, 250 mulheres com câncer do colo do útero receberam o novo tratamento – um intensivo de seis semanas de quimioterapia com carboplatina e paclitaxel, seguido pelo tratamento “habitual” de radioterapia, com cisplatina e braquiterapia semanais, conhecido como quimiorradiação.

Outras 250 mulheres – o grupo de controle – receberam apenas a quimiorradiação habitual.

Cinco anos depois, 80% das mulheres que receberam o novo tratamento estavam vivas e em 73% o câncer não havia retornado ou espalhado-se.

Em comparação, no grupo de tratamento “habitual”, 72% estavam vivas e 64% não tinham visto o câncer regressar ou espalhar-se.

A Doutora Mary McCormack, principal pesquisadora do estudo do UCL Cancer Institute e UCLH, disse: “Nosso estudo mostra que este curto período de quimioterapia adicional administrado imediatamente antes da TRC padrão pode reduzir o risco de retorno do câncer ou de morte em 35%.

“Este é o maior avanço no tratamento desta doença em mais de 20 anos”, disse ela ao programa de rádio Today, da BBC.

“O importante aqui é que se os pacientes estiverem vivos e bem, sem retorno do câncer em cinco anos, é muito provável que estejam curados, que é que torna isso muito emocionante”, acrescentou.

Dado que os dois medicamentos quimioterápicos são baratos, acessíveis e já aprovados para utilização em pacientes, os especialistas acreditam que eles poderão tornar-se o novo padrão de tratamento relativamente rápido.

Eles alertam, no entanto, que nem todas as mulheres com câncer do colo do útero devem ter os mesmos resultados positivos obtidos. Em muitas das mulheres que participaram do estudo, o câncer ainda não tinha começado a se espalhar por outras partes do corpo. Não está claro até que ponto a terapia funcionaria bem para mulheres com doença em estágio mais avançado.

Os medicamentos também podem causar efeitos colaterais indesejáveis, incluindo enjoos ou náuseas e queda de cabelo.

fonte: https://www.geledes.org.br/novo-medicamento-contra-cancer-de-colo-de-utero-e-maior-avanco-em-20-anos-dizem-cientistas/

 


Matérias Publicadas por Data

Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Logomarca NPNM

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...