5º feminicídio do DF neste ano. Izabel Aparecida Guimarães de Sousa morreu com um tiro na testa, disparado por Paulo Roberto Moreira Soares, ex-companheiro da vítima
Izabel Aparecida Guimarães de Sousa, 36 anos, morta com um tiro na testa pelo ex-companheiro Paulo Roberto Moreira Soares, 38, em Ceilândia, será enterrada nesta segunda-feira (6/2). O corpo da vendedora será velado na Capela 3 do Cemitério de Taguatinga, a partir das 12h30.
Izabel Aparecida foi assassinada no sábado (4/2), na frente da filha de 8 anos. Paulo Roberto se entregou na noite desse domingo (5/2), na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia.
Em 24 de janeiro, a vendedora escreveu uma carta aberta, divulgada nas mídias sociais. Na postagem, a vendedora se descreve como “guerreira” e “batalhadora”. Também afirma que nunca fez “justiça com ninguém”.
“Eu levo comigo que a lei da semeadura não falha; por isso, nunca fiz justiça com ninguém. Deixo que Deus se encarrega disso. Justiça divina não falha. Meu jeito assusta, minha independência intimida, meu amor-próprio é suficiente, minha personalidade é forte, meu carisma conquista e minha sinceridade apavora. Resumindo: mulher bem resolvida. E o conselho que eu deixo hoje é: se tiver milhares de motivos para desistir, arranje milhões para seguir em frente”, escreveu.
Confissão
Após o crime, Paulo Roberto mandou um áudio em um grupo de amigos e confessou ter matado a Izabel Aparecida.
“Ai, véi. Eu estou sem palavras. A Bel [Izabel Aparecida] me deixou louco. Ela pegou todo o meu dinheiro da conta e ficava rindo, falando que eu iria passar vergonha. Eu cheguei lá nela e disse: ‘Desbloqueia a conta, Bel. Mande para a minha conta de volta’. Ela falou que não voltaria e eu não pensei. Que merda, bicho. Eu matei o amor da minha vida“, afirmou.
Apesar de dizer que Izabel Aparecida estaria no controle dos gastos e de não conseguir ter acesso ao próprio dinheiro, o assassino sacou R$ 3 mil de uma conta horas antes de cometer o crime.