Entre as pautas está o "Pacote da Destruição", que envolve exploração e garimpo em terras indígenas e autoriza o uso de diversos agrotóxicos
atualizado 28/11/2022 13:49
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Marina Silva (Rede) disse nesta segunda-feira (28/11) que houve um acordo entre o Gabinete de Transição e os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente, para que nenhuma “pauta-bomba” fosse a plenário até o fim do ano.
“Já foi feito um primeiro processo que envolveu Aloísio Mercadante, parlamentares e os presidentes das Casas para pedir que não fosse votada nenhuma pauta-bomba. Essa conversa aconteceu há duas semanas, e cada um vai ficar atento às suas agendas”, disse a deputada eleita por São Paulo.
De acordo com Marina, o grupo do meio ambiente sinalizou os projetos que não devem ser votados, como o caso dos agrotóxicos, demarcação de terras indígenas e garimpo, por serem considerados “projetos muito sensíveis para um final de governo”.
A mudança na postura, principalmente de Arthur Lira, em relação aos projetos considerados sensíveis ao novo governo pode ser considerada outra sinalização positiva a Lula.
Neste ano, a Esplanada dos Ministérios foi palco do Ato pela Terra contra o “Pacote da Destruição”. O ato reuniu mais de 40 artistas e mais de 230 movimentos civis e coletivos liderados por Caetano Veloso. Ao todo, 15 mil se aglomeraram na Esplanada.
Apesar de todo esse movimento, Lira votou a urgência do projeto de lei (PL) da mineração em terras indígenas.