Durante uma audiência pública no Senado Federal, um grupo de mulheres fez um ato simbólico contra a Reforma da Previdência. Unidas por uma corrente, gritavam palavras de desordem em prol dos direitos das mulheres, pela liberdade de Lula e contra a Reforma
Texto e foto de Priscilla Brito
Durante uma audiência pública no Senado Federal, um grupo de mulheres fez um ato simbólico contra a Reforma da Previdência. Unidas por uma corrente, gritavam palavras de desordem em prol dos direitos das mulheres, pela liberdade de Lula e contra a Reforma.
O Movimento de Mulheres Camponesas, organizador do ato, tem sido um dos mais combativos na defesa da seguridade social e do direito à aposentadoria. Isso porque pontos sensíveis da Reforma, como o mínimo para o Benefício da Prestação Continuada (BPC) e as aposentadorias especiais para categorias como mineiros, atingem em cheio a população do campo e das pequenas cidades.
O senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) apresentou na semana passada o relatório da Reforma (PEC 6/2019) e retirou esses dois pontos, antes do prazo revisto. Os senadores estão correndo para aproveitar a mobilização da opinião pública para outros temas, como o da Amazônia. Jereissati sugeriu que a inclusão de estados e municípios nas novas regras corressem mesmo em uma PEC paralela. Ao fazer apenas supressões, o senador evita assim que a PEC retorne à Câmara.
Se dependesse das mulheres organizadas em movimentos, uma Reforma que contraria de tal forma os interesses do povo jamais passaria. Mas os nossos representantes não governam para o povo.