Quase lá: Universidade do Minho acoberta português que deu soco em brasileira

Quase cinco meses depois de levar um soco na boca e um chute na barriga dentro da Universidade do Minho (Portugal), a brasileira Grazielle Tavares teve a certeza de que a impunidade fala mais alto em Portugal, país que escolheu para fazer seu mestrado em Comunicação Social.

Publicado em Economia - Correio Braziliense
 
 

O Conselho Disciplinar da universidade decidiu acobertar o português João Bernardo Mendes, sancionando a misoginia e a xenofobia dentro de suas instalações. Ele havia confessado a agressão a Grazielle — “Dei-lhe um soco na boca” —, mas acabou não sendo punido como deveria, abrindo espaço para que outros casos de violência venham a ocorrer dentro da instituição.

O relatório do Conselho Disciplinar é bizarro: primeiro, diz que o português agressor seria suspenso das aulas por um mês; depois, suspende, também por unanimidade, a suspensão por 12 meses. Ficou o dito pelo não dito.

Ocorre que, daqui a 12 meses, o curso de mestrado em que Grazielle e português estão matriculados já terá acabado. Ou seja, a Universidade do Minho recorreu a uma aberração para justificar o injustificável.

 

Não por acaso, a brasileira desabafa: “Essa decisão foi como um novo soco na minha cara”.

A agressão do português João Bernardo a Grazielle ocorreu em 28 de novembro de 2023. O português se sentiu no direito de dar um soco na boca e um chute na barriga dela por causa de uma simples desavença em um trabalho em grupo da escola.

A brasileira se atrasou um pouco para chegar ao local marcado para o encontro entre os estudantes e foi repreendida pelo português rispidamente. Ela reagiu e cobrou respeito. João Bernardo se sentiu contrariado e partiu para cima de Grazielle.

O português João Bernardo Mendes deu um soco na boca e um chute na barriga da brasileira Grazielle Tavares

 

Diante da demora da Universidade do Minho em se posicionar sobre o caso, o embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro, cobrou uma posição do reitor da instituição, Rui Vieira de Castro.

Agora, sabe-se que a universidade escolheu um lado, o da impunidade, e confirmou a xenofobia contra estudantes estrangeiros dentro de seu campus. Infelizmente, as mulheres brasileiras são vistas por muitos, em Portugal, como putas e ladras de maridos.

fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/vicente/a-real-de-portugal-universidade-do-minho-acoberta-portugues-que-deu-soco-em-brasileira/

 


Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...